| 30/01/2008 19h26min
Familiares de seqüestrados disseram nesta quarta-feira que não vão participar da manifestação convocada por jovens colombianos contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), por considerarem que as palavras de ordem do evento são muito agressivas e "tendem a polarizar o país", entre outros motivos. A manifestação, prevista para o dia 4 de fevereiro em diversas cidades do mundo, começou a ser organizada no começo deste mês pela internet, como uma iniciativa contra a guerrilha.
Com o passar dos dias, se somaram outras palavras de ordem às da rede — e apoios inusitados, como o de chefes paramilitares encarcerados —, que vão da oposição a um tratado de livre comércio da Colômbia com os Estados Unidos a críticas à senadora Piedad Córdoba, uma interlocutora entre Farc e Bogotá e aliada do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em sua tentativa de impulsionar um processo de paz. Em breve comunicado, parentes indicaram que estão "submersos na tristeza, angústia, dor e incerteza
diante da grave
crise humanitária em que se encontram nossos familiares em cativeiro" e que no dia 4 se concentrarão em igrejas de diversas cidades.
Eles explicaram que as palavras de ordem parecem "agressivas" porque se concentram apenas numa das forças conflitantes, as Farc, o que seria contrário ao objetivos das famílias, que é da liberação dos reféns. Além disso, temem represálias da guerrilha, enquanto destacam que o governo do presidente Álvaro Uribe estaria se aproveitando da manifestação, vendo-a como um tipo de plebiscito ou uma demonstração em favor de sua política de linha-dura contra os rebeldes. Entretanto, disseram também que se mais colombianos se manifestarem na segunda-feira contra o seqüestros, será um apoio valoroso.
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