| 31/01/2008 17h08min
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, disse nesta quinta-feira que a expectativa do governo é restabelecer o comércio de carne bovina para a União Européia (UE) entre 60 e 90 dias.
— Essa é uma meta, mas não podemos dar certeza porque estamos tratando com pessoas que não têm o mesmo interesse que o Brasil — afirmou, informando que a questão está sendo tratada pelo Itamaraty, que avalia a possibilidade de recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o embargo à carne brasileira anunciado ontem pela UE: — Esperamos encontrar uma solução positiva para a suspensão das exportações de carne bovina brasileira, sem a necessidade de ingressar na OMC. Vamos manter as portas abertas para um acordo porque uma medida dessa pode durar dois anos. Isso não seria bom para o setor.
Stephanes lembra que as negociações com a UE já duram oito anos:
— É um processo de negociação longo, problemático e difícil. A última
exigência e que causou todo esse embargo é
a habilitação de apenas 300 propriedades para vender o produto, enquanto temos milhares de fazendas preparadas para atender a UE.
Para ele, o número exigido pelos países europeus é pequeno e insuficiente para atender a atual demanda do comércio entre as partes. O ministro informou que a visita da missão da UE prevista para maio foi antecipada para 25 de fevereiro, para inspecionar e avaliar as condições sanitárias das fazendas selecionadas:
— Hoje, recebi uma informação que essa visita pode ser antecipada novamente para 5 ou 10 de fevereiro.
A suspensão das exportações de carne bovina foi o principal assunto hoje abordado pelo ministro durante a sua visita ao Show Rural da Coopavel, em Cascavel, oeste do Paraná. Stephanes viajou acompanhado do presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Sílvio Crestano, para o lançamento de três novas tecnologias para a agropecuária brasileira.
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