O dólar teve a quinta sessão consecutiva de queda e fechou cotado a R$ 1,746. No dia, o recuo foi de 0,74%, tanto para o dólar comercial quanto para o dólar negociado à vista na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Na semana, o dólar comercial acumulou baixa de 2,29%.

O mercado cambial iniciou fevereiro com um fluxo positivo de recursos e movimentação de investidores atraídos pela arbitragem do dólar à vista com o mercado futuro, que oferece favorável diferencial de juros. Parte dos ingressos financeiros migrou para a compra de ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que sustenta desde cedo firme alta com a ajuda dos papéis de Petrobras e Vale, apesar da volatilidade em Nova York. O giro financeiro total à vista somou cerca de US$ 1,769 bilhão.

A expectativa dos operadores é de que o fluxo cambial seguirá favorável e, a menos que o mercado externo piore muito mais, haverá espaço para novos recuos dos preços. A queda do dólar pela manhã para R$ 1,7398 (-1,09%) na BM&F levou o Banco Central a antecipar o leilão de compra diário para a primeira parte dos negócios.

Foram as notícias sobre fusões e aquisições nos setores de mineração e tecnologia no mercado internacional que deram impulso às altas das bolsas durante a manhã e também estimularam ofertas de dólar. Nova York, porém, devolveu os ganhos iniciais e passou a oscilar após o fraco informe sobre o nível de emprego em janeiro nos Estados Unidos.

No mercado doméstico, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informou que a balança comercial em janeiro teve um superávit de US$ 944 milhões, com exportações de US$ 13,277 bilhões (média diária de 603,5 milhões) e importações de US$ 12,333 milhões (média diária de 560,6 milhões).