| 01/02/2008 17h51min
A produção industrial do segmento que reúne abate de bovinos e suínos e preparação de carnes terá "alguma perda" com o embargo definido nesta semana pela União Européia (UE) à carne brasileira, mas deverá encontrar alternativas de outros mercados para prosseguir no atual processo de recuperação. A avaliação é do economista especializado em agroindústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fernando Abrita.
Segundo ele, caso o embargo prossiga, provavelmente haverá redirecionamento das exportações para outros mercados e, ainda, para o mercado doméstico. Abrita lembra que a União Européia é destino de 20% das exportações de carne bovina do país, mas há perspectiva de crescimento das vendas externas brasileiras do produto em outros mercados importantes que estão em expansão, como América Latina e Ásia.
Além disso, ele lembra que o consumo interno de alimentos está em aquecimento, com o aumento do rendimento dos trabalhadores. O economista do IBGE
diz também que nos anos de
2005 e 2006, quando houve o problema da febre aftosa no país e embargo para exportação para outros países, o redirecionamento de mercados e a maior atenção para o mercado interno foi o caminho encontrado com sucesso pela indústria de abate para minimizar as perdas.
No ano passado, de acordo com o IBGE, a produção industrial de abate de bovinos e suínos e preparação de carnes cresceu 3,12% no acumulado de janeiro a novembro, metade da média da indústria no período (6%). Os dados finais da indústria em geral de 2007 serão apresentados pelo IBGE no próximo dia 8 e, especificamente da agroindústria, no dia 11.
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