| 04/02/2008 12h55min
O governo colombiano assegurou que concederá todas as facilidades para a libertação de três ex-parlamentares seqüestrados há seis anos pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). No último sábado, a guerrilha anunciou a decisão de entregar os reféns ao presidente venezuelano, Hugo Chávez. O ministro do Interior da Colômbia, Carlos Holguín, afirmou que o governo de Bogotá está disposto a colaborar para que as Farc libertem os ex-parlamentares colombianos Gloria Polanco, Luis Eladio Pérez e Orlando Beltrán Cuellar.
Onde queiram, como queiram e a quem queiram entregá-los, seja uma organização internacional, um governo estrangeiro ou um dirigente político colombiano. Em comunicado divulgado no último dia 31, as Farc anunciaram a entrega, em território colombiano, dos três reféns à Chávez e à senadora colombiana Piedad Córdoba, como reconhecimento de seus persistentes esforços para concretizar um acordo humanitário.
Temos sempre dito que quando elas [as Farc]
queiram estabelecer atos
unilaterais de libertação de reféns seqüestrados, serão bem recebidos e bem-vindos por parte do governo, disse o ministro colombiano. Ele destacou que o alto comissário para a paz da Colômbia, Luis Carlos Restrepo, será encarregado de entrar em contato com o governo venezuelano e com a senadora Córdoba para preparar a nova entrega de reféns.
O porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Yves Heller, disse que a instituição ainda não recebeu informação oficial mas que está disposta a prestar ajuda. Nelly Polanco, irmã de uma das reféns cuja libertação foi anunciada, afirmou que o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, deveria colocar-se no lugar dos demais e que a vida humana está acima de qualquer interesse político.
Gloria Polanco, Luis Eladio Pérez e Orlando Beltrán Cuellar fazem parte do grupo de 43 seqüestrados pelas Farc em diferentes operações executadas pela guerrilha em 2001. O anúncio feito pela guerrilha se soma à libertação, no início de janeiro, de
Clara Rojas e Consuelo
González, entregues a funcionários do governo de Chávez e a representantes da Cruz Vermelha Internacional.
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