| 07/02/2008 18h16min
O economista Paulo Mol, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), afirmou nesta quinta-feira que a entidade espera números "bastante grandes" para o começo de 2008 na produção industrial. Segundo ele, a CNI acredita que as taxas de crescimento da atividade do setor no começo deste ano serão mais fortes do que em 2007.
— Este ano começa bastante embalado para as vendas industriais — disse ele.
Mol informou que a avaliação da CNI é a de que, se for mantido ao longo de 2008 o mesmo ritmo de produção de 2007, o crescimento das vendas reais já será de 4,8% — número um pouco menor do que o registrado no ano passado, de 5,1%, mas ainda considerado importante para a CNI.
O economista explicou que os 4,8% são um "carregamento estatístico" do resultado de 2007 e que, para esse percentual se concretizar, será necessário que não haja desaceleração do ritmo atual.
Mol avalia que a indústria deverá manter os investimentos previstos para
este ano, porque os fatores que sustentaram o
setor em 2007 continuam presentes em 2008, como, por exemplo, o crescimento da massa salarial e a expansão do crédito.
Ele destaca que a previsão da CNI para a indústria em 2008 é de uma desaceleração da atividade em relação a 2007, em função do cenário de redução do ritmo da economia dos Estados Unidos, que deve ter algum impacto nos países emergentes.
— (Mas) Não está claro nem nos EUA nem nos países emergentes como essa crise irá afetá-los — observou.
Segundo ele, outro fator de preocupação é uma possível crise energética no Brasil, motivo de temores no início do ano, quando os reservatórios de água das usinas hidrelétricas estavam abaixo do nível ideal:
— Embora a gente tenha adiado o problema, já que as chuvas parecem ter voltado, uma crise energética é um problema importante, porque pode interromper um ciclo de crescimento mais intenso.
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