| 08/02/2008 20h44min
O maior clássico do futebol catarinense está próximo de ser repetido pela 383ª vez. O duelo aguardado pelas maiores torcidas do Estado ocorre neste domingo, às 18h10min, na Ressacada, pela oitava rodada da primeira fase do Catarinense.
A rivalidade entre Avaí — líder do Estadual — e Figueirense — terceiro da tabela — fica ainda mais forte nos momentos que antecedem a realização da partida. Conferir isso é fácil, basta dar uma olhada nas ruas de Florianópolis: adesivos, camisas, bandeiras e provocações de sobra.
Além de ambos os times dividirem a torcida de uma mesma cidade, os números revelam os porquês da arqui-rivalidade entre o azul e branco e o alvinegro. Ao "Time da Raça" foram 13 títulos estaduais, o último deles conquistado em 1997. Já para o "Furacão do Estreito", foram 14 taças, a última em 2006.
Apesar do bom momento do Leão — que domina o Estadual com 23 gols marcados, o melhor ataque e a melhor defesa —, também é o Figueirense quem leva a melhor no histórico do duelo.
Números dão vantagem ao Figueira
Das 382 partidas disputadas desde 1924 — quando os dois se enfrentaram pela primeira vez, com vitória de virada do Figueira por 4 a 3 —, foram 137 comemorações do preto, branco e verde, contra 123 do time azurra. Os outros 122 jogos terminaram empatados.
A equipe da Ressacada, a exemplo do que vem fazendo neste Catarinense, é superior no número de gols marcados: 531, contra 495 do time do Estreito. Também é dos avaianos a maior goleada: 11 a 2, em um amistoso disputado em 20 de fevereiro de 1938.
O alvinegro detém o maior número de vitórias nos jogos em casa e também no território do adversário. São 54 no Scarpelli e 18 na Ressacada, contra 32 e 14 do Avaí, respectivamente.
Entre as grandes decisões disputadas pelos dois times, estão as finais do Catarinense de 1975 e 1999, além da disputa pela vaga na divisão principal do futebol nacional, em 2001, pelo quadrangular final da Série A do Brasileirão. Em 1975, o título estadual ficou com o Avaí e a revanche só veio 24 anos depois, quando o Figueira levou a taça do Catarinense. A vaga na Série A também ficou com o alvinegro.
Rivalidade na arquibancada
Pelo lado das torcidas, foi o Scarpelli que recebeu o maior número de alvinegros e avaianos. Em maio de 2000, 21.846 pessoas foram assistir ao clássico citadino que terminou empatado em 2 a 2.
Não é difícil encontrar na história dos times situações em que um deles — já desclassificado — derrotou o adversário e acabou com a campanha do mesmo na competição.
Os dois jogos do Catarinense em 2007 são bons exemplos disso. O Figueirense, no turno, superou o Avaí por 3 a 0. Depois, quando já estava fora da fase final, o alvinegro ainda ajudou a acabar com as chances de classificação do rival, quando na Ressacada derrotou o Leão — que vinha invicto na 2ª fase —, por 1 a 0, em partida válida pela nona rodada do Estadual.
Nestas ocasiões, mais que a alegria dos torcedores vitoriosos, existe o desejo de revanche pelo lado dos perdedores. As torcidas não vêem o adversário jogar apenas nos clássicos. Não é à toa que muitos avaianos comparecem aos jogos do Figueirense com outros adversários apenas para torcer contra, e vice-versa — os famosos "secadores".
Responsabilidade dentro e fora de campo
Toda a carga histórica que reflete o significado deste clássico estará dentro do peito de cada um dos jogadores avaianos e alvinegros. Os técnicos, Sérgio Ramirez e Alexandre Gallo, sabem do significado que o clássico tem para ambos os times.
O clima das equipes é de motivação, mas também de tensão nestes momentos finais antes da entrada no gramado. A eles, cabe dar o melhor em campo. Já ao torcedor, cabe comparecer ao estádio e apoiar o seu time com responsabilidade, respeitando o adversário e participando do maior clássico do futebol de Santa Catarina.
Matéria atualizada às 21h15min
mais que a alegria dos torcedores vitoriosos, existe o desejo de revanche pelo lado dos perdedores. As torcidas não vêem o adversário jogar apenas nos clássicos. Não é à toa que muitos avaianos comparecem aos jogos do Figueirense com outros adversários apenas para torcer contra, e vice-versa — os famosos "secadores".Responsabilidade dentro e fora de campo
Toda a carga histórica que reflete o significado deste clássico estará dentro do peito de cada um dos jogadores avaianos e alvinegros. Os técnicos, Sérgio Ramirez e Alexandre Gallo, sabem do significado que o clássico tem para ambos os times.
O clima das equipes é de motivação, mas também de tensão nestes momentos finais antes da entrada no gramado. A eles, cabe dar o melhor em campo. Já ao torcedor, cabe comparecer ao estádio e apoiar o seu time com responsabilidade, respeitando o adversário e participando do maior clássico do futebol de Santa Catarina.
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