| 13/02/2008 16h21min
O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Fábio de Salles Meirelles, cobrou da União Européia (UE) a definição de regras claras para o sistema de rastreabilidade do rebanho bovino.
— Os pecuaristas não podem pagar pelos abusos do passado — comentou durante audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado.
Os produtores dizem que as regras impostas pela UE para a rastreabilidade são muito rígidas.
Ele argumentou ainda que a decisão de aprovar uma lista com apenas 300 fazendas para exportação para o bloco vai acabar se transformando numa "restrição permanente".
A idéia do ministério é apresentar uma lista com cerca de 600 fazendas e negociar a ampliação do número de propriedades credenciadas.
A lista que será entregue na quinta-feira contém cerca de 600 propriedades, mas o governo está reavaliando os dados, o que poderá elevar o número final. Comenta-se que
700 propriedades podem estar na relação.
A
apresentação, em janeiro, de uma lista com 2.681 fazendas irritou os europeus, que pediram ao Brasil a indicação de 300 propriedades. Em resposta à lista brasileira, as autoridades suspenderam as compras de carne brasileira.
No ano passado, os embarques de carne bovina do Brasil para o bloco renderam US$ 1,1 bilhão, cerca de 30% do vendido pelo país. Seis Estados são habilitados para a venda para esse mercado: Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
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