Os pré-candidatos à presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton e Barack Obama trocaram duros ataques em Ohio por causa de seus planos de saúde e comércio, em um inconfundível sinal das crescentes tensões antes das primárias do próximo mês nesse e outros Estados.

Ambos participam hoje em diversos eventos em várias cidades de Ohio, um dos quatro Estados que realizarão primárias no próximo dia 4 de março e que sofreu a perda de milhares de postos de trabalho no setor manufatureiro. Prevê-se que as deficiências de cobertura médica nos EUA e a perda de empregos figurem de forma proeminente durante o debate televisivo que ambos farão na próxima terça-feira em Cleveland (Ohio).

Hillary acusou Obama de recorrer a táticas "destrutivas" mais próprias dos republicanos e que, em seu conjunto, não formam "a política de mudança" que ele prediz. A pré-candidata criticou dois folhetos de propaganda política gerados pela campanha de Obama e enviados a milhões de eleitores. Um dos folhetos afirma que com seu plano de cobertura universal a senadora de Nova York quer "obrigar" o povo a comprar seguro médico, embora não tenham como pagá-lo.

O segundo folheto alega que, segundo um artigo do jornal "Newsday" de 2006, Hillary considera que o Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta) do qual participam EUA, México e Canadá desde 1994, deu um impulso à economia deste país.

Durante uma breve entrevista coletiva em Columbus, Obama defendeu o conteúdo dos folhetos que estiveram em circulação "há vários dias", e sugeriu que a conduta de Hillary se deve ao fato de que ele é o "insurgente" e, ela, parte da maquinaria democrata.

Assinalou que a campanha da adversária não se queixava quando ele estava atrás nas pesquisas de opinião. Nas primárias em Ohio, Texas, Rhode Island e Vermont, os democratas disputarão um total de 370 delegados, enquanto do lado republicano, o senador John McCain e o ex-governador de Arkansas, Mike Huckabee, disputarão 256.

EFE