| 27/02/2008 10h22min
Os helicópteros que hoje devem resgatar quatro reféns a serem libertados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) saíram às 8h50min (de Brasília) do aeroporto venezuelano de Santo Domingo, rumo ao ponto na Colômbia fixado pelos guerrilheiros para entregar os libertados. Em um dos helicópteros viajam o ministro do Interior venezuelano, Ramón Rodríguez Chacín, coordenador da operação, e a senadora colombiana Piedad Córdoba.
Ao contrário do ocorrido em 10 de janeiro, quando foram liberadas a ex-candidata à Vice-Presidência colombiana Clara Rojas e a ex-congressista Consuelo González, a imprensa foi impedida de chegar à pista do aeroporto. As duas aeronaves, que levam equipamentos médicos, devido à precária saúde de alguns dos reféns, estão identificadas com logotipos da Cruz Vermelha Internacional. Não foi informado quantas horas durará a operação.
As Farc anunciaram que entregarão, em um ponto na selva do sul do país os ex-congressistas Gloria Polanco de
Lozada, Orlando Beltrán
Cuéllar, Luis Eladio Pérez e Jorge Eduardo Gechen Turbay a uma comissão humanitária do governo da Venezuela e delegados do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
Está previsto que os helicópteros façam uma escala em San José del Guaviare, cerca de 400 quilômetros ao sul de Bogotá, onde os aparelhos abastecerão. Dali partirão para um ponto entre San José del Guaviare e a localidade de El Retorno, que é o lugar estabelecido para a entrega dos quatro reféns.
Reféns podem ser levados a centros de saúde
Os três filhos de Gloria Polanco estão em Caracas, assim como parentes de Orlando Beltrán e Luis Eladio Pérez, cuja libertação foi anunciada pelas Farc em 31 de janeiro.
Neste sábado, a guerrilha confirmou que seria libertado um quarto refém, o ex-senador Jorge Eduardo Gechen Turbay, que se encontra em grave estado de saúde. As condições físicas dos reféns poderiam fazer com que fossem levados para
algum centro de saúde, segundo a imprensa local, mas essa
informação não foi confirmada por fontes oficiais.
As Farc afirmaram, assim como na primeira libertação, que entregarão os atuais reféns ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, em "desagravo" por este ter sido afastado pelo chefe de Estado colombiano, Álvaro Uribe, como mediador para uma troca humanitária. O presidente colombiano deu por encerradas as gestões de Chávez e Córdoba em novembro do ano passado, o que desencadeou uma crise entre os dois países.
Orlando Beltrán Cuéllar, Gloria Polanco de Lozada, Jorge Eduardo Gechem Trubay e Luis Eladio Pérez devem ser liberados hoje
Foto:
Tana Orozco, EFE
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