O Comitê Internacional da Cruz Vermelha ativou as operações para dar assistência ao governo da Venezuela no resgate de quatro reféns cativos das Forças Armadas revolucionárias da Colômbia (Farc) que poderão ser libertados nesta quarta-feira.

— Iniciamos o planejamento da operação — disse uma porta-voz do grupo em Caracas, apontando que representantes da Cruz Vermelha estão em contato com autoridades venezuelanas e com as Farc para receber as "garantias de segurança que são necessárias numa operação com essa."

Já o porta-voz da Cruz Vermelha em Bogotá, Yves Heller, informou que a "luz verde" para a operação já foi dada tanto pelas Farc quanto pelo governo da Colômbia. Ontem, o ministro do Interior da Venezuela, Ramón Rodríguez Chacín, anunciou que as Farc haviam informado as coordenadas do local onde libertarão os políticos colombianos Gloria Polanco de Lozada, Orlando Beltrán Cuéllar, Luis Eládio Pérez e Jorge Eduardo Gechem.

Todos foram seqüestrados há mais de seis anos. Nesta terça, o general Freddy Padilla, comandante do Exército colombiano, assegurou aos familiares dos quatro ex-congressistas na iminência de serem libertados pelas Farc que os soldados estão a uma distância "prudente" da região onde estão os reféns:

— Não temam. Nós, nesse momento, estamos assegurando que não haverá operações militares de nenhum tipo na área onde se encontram os seqüestrados.