| 27/02/2008 16h21min
O delegado André Milanese, responsável pelas investigações sobre a explosão de uma bomba no Estádio Heriberto Hülse na partida entre Criciúma e Avaí, realizada domingo pelo Campeonato Catarinense, afirmou que deve haver uma acareação entre dois suspeitos de envolvimento no caso.
Milanese ouviu na tarde desta quarta-feira o terceiro suspeito de participação, Guilherme Lacerda, que teria entregado o explosivo para Franklin Roger Pereira, responsável por entrar com o artefato no estádio do Criciúma, no Sul de Santa Catarina. Ambos serão interrogados frente a frente para o confronto de versões.
A suspeita é de que Guilherme tenha entregado a bomba para Franklin. Ele, por sua vez, entrou com o artefato escondido no estádio. A polícia trabalha com a hipótese de que Franklin ainda teria devolvido o artefato ao Guilherme, que a repassou a Juliano Marinho de França, soldado do Exército, que nega ter atirado a bomba na torcida do Criciúma.
Segundo Milanese,
Guilherme, o terceiro suspeito
interrogado, apresentou uma versão diferente para o fato. Ele disse que viu Franklin pegar a bomba com outras pessoas. Entretanto, o delegado não considera esta hipótese a mais confiável e continua trabalhando em cima das informações repassadas por Franklin.
Guilherme teve a prisão temporária decretada por 30 dias. Em Criciúma, durante acareação, o delegado deverá definir se os suspeitos continuarão presos ou não.
— Ainda não imputamos o crime a ninguém. Vamos continuar ouvindo testemunhas para poder confirmar os fatos — explicou, lembrando que a dúvida está justamente no trajeto da bomba até o estádio.
Quanto a Juliano Marinho de França, militar suspeito de ter jogado o explosivo que atingiu o aposentado Ivo Costa, de 62 anos, Milanese destaca que ele permanece detido em um quartel. Na sexta-feira, ele será liberado e deve seguir para Criciúma. Costa, torcedor do Criciúma, teve a mão direita decepada pela explosão. Ele está
hospitalizada e deve receber alta na
sexta-feira.
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