| 29/02/2008 21h29min
O título do Torneio Clausura da temporada 2006/2007 do futebol argentino deu ao San Lorenzo o direito de disputar a Copa Libertadores no ano em que completa cem anos de existência. Conquistar o troféu mais cobiçado do continente no ano do centenário: difícil imaginar melhor maneira de comemorar uma data tão importante. As informações são do site GloboEsporte.com.
O clube do bairro de Almagro investiu pesado na contratação de reforços. O meia Andrés D'Alessandro, revelado pelo River Plate, foi repatriado da Europa por US$ 5 milhões (cerca de R$ 8,3 milhões). Também procedentes do Velho Continente, o lateral Diego Placente, ex-Celta de Vigo, e o atacante Gonzalo Bergessio, ex-Benfica, se juntaram à já consistente base da última temporada, que liderou o Clausura desde a quinta rodada, até garantir o título com uma de antecipação.
Mas 2008 começou de forma inesperada para a torcida azulgrana (azul-grená, cores da camisa do clube) e para os comandados do técnico Ramon Diaz. Até agora, em cinco jogos oficiais na temporada, o Ciclón, apelido do time na Argentina, perdeu quatro e empatou um. E o pior: a equipe, que fez 34 gols na campanha do título de 2006/2007, não balançou a rede uma vez sequer (nos torneios de verão, o time fez três gols em cinco jogos, dos quais perdeu dois e empatou três).
- Estavam depositadas enormes esperanças no San Lorenzo este ano. O clube fez um esforço financeiro imenso para concretizar uma contratação de altíssimo impacto, a de Andrés D'Alessandro. Mas, apesar de ter um bom material, com jogadores como Placente (lateral-esquerdo), Menseguez (meia), Botinelli (zagueiro) e Orión (goleiro), o time ainda está totalmente desentrosado - avalia o jornalista Manolo Epelbaum, comentarista do SporTV.
Para Manolo, as razões do péssimo começo de ano estão ligadas a um fator muito comum no futebol argentino e sul-americano: a saída precoce das revelações para a Europa.
– O San Lorenzo está sentindo falta de dois jogadores importantíssimos na conquista do ano passado. Ezequiel Lavezzi, um excelente finalizador, vendido para o Napoli (ITA); e Osmar Ferreyra, ótimo meia de criação, negociado com o Dnipro (UCR). Além disso, há atletas rendendo bem abaixo do esperado, como o atacante Bernardo Romeo, que parece estar fora de forma e não tem jogado nada desde seu retorno ao clube – afirma.
Primeiro campeão invicto da era profissional do futebol argentino, em 1968, sob o comando do técnico brasileiro Tim, o San Lorenzo já se encontra em situação delicada na Libertadores. Com um ponto em seis disputados, o sonhado título no centenário pode se transformar numa vergonhosa eliminação na primeira fase.
– Tenho sérias dúvidas em relação às chances de o San Lorenzo passar às oitavas. Se conseguir, diria até que será um milagre, pois o time não tem feito aquilo que é imprescindível no futebol. E cinco jogos é muito tempo sem marcar – acrescenta o jornalista.
Fim do jejum contra o líder?
A situação é complicada e pode piorar. O próximo compromisso da equipe é justamente contra o time de melhor campanha no Campeonato Argentino. Neste sábado, o San Lorenzo recebe o Estudiantes de La Plata, líder da competição com 100% de aproveitamento. E nove gols marcados...
– Até acredito que o San Lorenzo possa fazer gol e acabar com o jejum. Mas vencer o Estudiantes, que atravessa uma grande fase, acho muito difícil – opina Manolo.
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