| 29/02/2008 21h53min
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, propôs nesta sexta-feira a formação de um grupo de "países amigos" para tentar negociar a libertação dos reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
— Essa é uma idéia que está tomando corpo e poderia concretizar-se imediatamente se pudéssemos receber um enviado do (líder máximo das Farc Manuel) Marulanda e um da Colômbia para começar a discutir a questão dos seqüestrados — disse, explicando que o grupo atuaria como o Contadora, criado em 1983 para mediar o diálogo entre governos da América Central e guerrilhas de esquerda e formado por México, Colômbia, Panamá e Venezuela. Chávez não deu mais detalhes sobre a proposta, mas assegurou que ela já tem o apoio da Organização dos Estados Americanos (OEA) e de diversos países, como Brasil, Argentina, França, Equador, Bolívia, Cuba e Suíça: — Todos estão de acordo, menos (o presidente colombiano Álvaro) Uribe.
Em Bogotá, Uribe
se recusou a comentar a proposta, alegando que
"o governo não tem opinião sobre isso", mas que continua "a buscar por todos os meios a libertação dos reféns". Pouco antes do pronunciamento do presidente, o ministro do Interior colombiano, Carlos Holguín, também rejeitou a criação de uma zona desmilitarizada por 45 dias, na qual enviados do governo e da guerrilha se encontrariam para negociar um acordo. A área desmilitarizada é uma exigência das Farc, que na quarta-feira libertaram quatro dos seus 44 reféns políticos.
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