| 03/03/2008 18h07min
O Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse na tarde desta segunda-feira em entrevista coletiva que qualquer violação de território é condenável. Ele se referia à "grave crise" diplomática que envolve Colômbia, Equador e Venezuela e será discutida nesta terça-feira em reunião da Organização dos Estados Americanos (EUA) em Washington, nos Estados Unidos.
— A violação da integridade territorial é algo grave e as circunstâncias devem ser esclarecidas. A reunião da OEA amanhã servirá neste sentido. A OEA me parece ser o melhor canal para discutir o assunto. É o mecanismo jurídico mais adequado para lidar com questões como essa e para criar uma harmonia sul-americana — disse Amorim, destacando que tem "muita esperança" em um resultado positivo após o encontro de embaixadores.
Segundo Amorim, será discutido no encontro a criação de uma comissão para investigar todos os fatores que resultaram na crise
entre os três
países.
— Um resultado concreto (da reunião da OEA) poderia ser a criação de uma comissão de investigação para apurar tudo o que ocorreu e uma visita do secretário-geral José Miguel Insulzada aos países envolvidos. Isso deixaria mais clara a necessidade de algum pedido de reparação adicional, de circunscrever o tema no aspecto bilateral e resolvê-lo. Tenho esperança que ela (reunião) sirva como uma reparadora — disse Amorim, lembrando que o pedido de desculpas pela "incursão" não foi aceito plenamente ainda e deveria ser mais "explícito".
— O que pudermos fazer para facilitar o diálogo, nós faremos. O presidente Lula está querendo resolver o problema. O que nos move é o desejo de ver países vizinhos do Brasil estarem em paz entre si — completou ele.
A crise começou após a Colômbia matar Raúl Reyes, considerado o número dois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), em território equatoriano, no último sábado.
O presidente do Equador, Rafael Correa,
expulsou de Quito o embaixador colombiano e convocou para consultas seu embaixador em Bogotá. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acompanhou o colega e determinou o fechamento da embaixada em Bogotá. Além disso, deslocou tropas e equipamentos militares para a fronteira com a Colômbia. Com informações do site G1.
Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, diz que governo está fazendo de tudo para "facilitar o diálogo" entre os países vizinhos
Foto:
Fernando Bizerra Jr., EFE
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