| 03/03/2008 22h21min
O ministro de Segurança Interna e Externa do Equador, Gustavo Larrea, confirmou nesta segunda-feira que em janeiro se reuniu com Raúl Reyes, porta-voz internacional e número dois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), morto sábado numa operação militar.
Larrea disse ao jornal eletrônico Ecuadorinmediato.com que, na reunião com Reyes, o único assunto discutido foi a libertação dos reféns da guerrilha.
— Essa reunião aconteceu no mês de janeiro, fora da Colômbia e fora do Equador — informou Larrea.
O ministro disse que, nessa ocasião, comunicou oficialmente às Farc o "interesse pela libertação de três americanos seqüestrados, três policiais, três militares e de Ingrid Betancourt".
Larrea lembrou ainda que, em dezembro, esteve na Venezuela para dar início ao processo relacionado à libertação de vários seqüestrados.
— Esta operação aconteceu no mês de janeiro e foram libertadas (as políticas
colombianas) Clara Rojas e Consuelo Perdomo. Dessa ação
participaram vários países do mundo, representantes de vários presidentes — declarou o ministro.
Larrea acrescentou que, em 31 de dezembro, participou de uma reunião na base aérea de Apiay, próxima à cidade de Villavicencio, com o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, e a comissão internacional para a libertação dos seqüestrados.
Nesse encontro, o ministro disse a Uribe que o governo equatoriano, em conjunto com a comunidade internacional, "faria todos os esforços possíveis para a libertação de mais seqüestrados".
Sobre os documentos mencionados pelo governo colombiano a respeito a uma suposta relação entre o Equador e as Farc, Larrea disse que isso é uma "farsa".
— É absolutamente uma farsa. O governo equatoriano não assumiu nenhum compromisso desta natureza com as Farc. Nós mantivemos uma política de não envolvimento no conflito colombiano. Respeitamos o direito internacional — afirmou.
Larrea disse ainda
que conheceu Raúl Reyes há muitos anos, "na luta pela paz na
América Latina", nas gestões que ele promoveu como funcionário da Associação Latino-Americana para os Direitos Humanos (ALDHU) "pela paz na Colômbia".
— Mas não mantinha, em absoluto, uma relação de amizade com ele. Estive com ele duas vezes. Nessa vez sobre a qual lhe falei e na conversa para a libertação de Ingrid Betancourt — ressaltou Larrea.
O funcionário também negou a existência de supostas fotos tiradas no mês passado, nas quais apareceria junto com Reyes.
— Nego absolutamente. Eu não tive uma reunião com ele no mês de fevereiro. Não existe material fotográfico algum. Essa é uma mentira mais — ressaltou.
Larrea negou a existência de supostas fotos tiradas no mês passado, nas quais apareceria junto com Reyes
Foto:
Cecilia Puebla, EFE
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