| 04/03/2008 10h05min
O governo da Colômbia quer o envolvimento da União Européia (UE) na crise sul-americana. Na segunda-feira, o vice-presidente da Colômbia, Francisco Santos Calderón, informou que teria uma reunião no mesmo dia mesmo com os europeus para começar a tratar do tema.
— Temos um pedido para a UE — afirmou sem dar detalhes, antes de participar da abertura da reunião do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), evitando ainda confirmar se Bogotá aceitaria a mediação do Brasil: — Estamos numa fase muito delicada da história do conflito e não podemos falar demais nesse momento.
Ele confirmou, porém, que o seu encontro com os europeus tinha como objetivo convencê-los de que a ação no território equatoriano era necessária para combater as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que na Europa integram a lista dos grupos terroristas. A Comissão Européia, em Bruxelas, também manteve silêncio.
— Nesse momento, não temos nada a dizer sobre o tema — afirmou a porta-voz Christiane Hohmann.
Na ONU, a crise sul-americana deixou tensos diplomatas e ministros que participavam da reunião do Conselho de Direitos Humanos. O secretário-geral do órgão, Ban Ki-moon, pediu calma
a Venezuela, Colômbia e Equador, insistindo para que os três governos
resolvam suas diferenças sem o uso da violência. Num canto da sala de reuniões, Santos — visivelmente tenso — tentava manter contatos com delegados de vários países para explicar o que ocorria na região.
A polêmica na América do Sul começou após a Colômbia lançar uma operação militar em território equatoriano para matar Raúl Reyes, o número dois das Farc. A manobra criou tensão entre os dois países. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, decidiu ontem enviar tropas para a fronteira com a Colômbia.
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