| 04/03/2008 07h55min
A Organização dos Estados Americanos (OEA) marcou para hoje uma reunião de emergência, em Washington (EUA), onde será discutida a crise entre Colômbia, Venezuela e Equador. No último sábado, militares colombianos mataram em território equatoriano um dos mais importantes chefes das Farc, Raúl Reyes. O Equador rompeu relações diplomáticas com a Colômbia ontem.
O presidente equatoriano, Rafael Correa, advertiu que o conflito suscitado pela incursão militar colombiana ao território equatoriano em um ataque contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) não é um "problema bilateral, é um problema regional" e "muito grave para a América Latina".
Correa disse que se este
precedente for aberto haverá "na América Latina outro Oriente Médio".
— Temos que parar imediatamente os agressores — acrescentou Correa.
O presidente equatoriano expressou seu mal-estar pela ação militar colombiana e qualificou de "hipócrita" a atitude do governo do presidente Álvaro Uribe.
Antes do conflito "Uribe me ligava todas as semanas, tinha me convidado para ir à Colômbia (...) Agradecia toda a colaboração (...) Agora da noite para o dia, depois que rejeitamos a agressão, somos parceiros das Farc", disse Correa.
Já o governo colombiano sustenta que o Equador e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) administravam um "acordo com fins políticos", que podia incluir o "trânsito de seqüestrados".
Assim estaria sugerido pelos documentos achados nos computadores confiscados após a morte do número dois das Farc, "Raúl Reyes". A nota foi divulgada horas depois de o diretor da Polícia
Nacional, o general Oscar Naranjo, informar à imprensa que,
entre os arquivos do chefe insurgente, foram encontrados documentos relacionados com a gestão de um acordo das Farc com o Equador.
Nesta terça, Rafael Correa irá percorrer cinco países da América Latina para explicar crise diplomática
Foto:
Cecilia Puebla, EFE
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