| 05/03/2008 15h09min
Mais de 85% das tropas e equipamentos venezuelanos destinados a reforçar o patrulhamento da fronteira com a Colômbia estão a postos, informou nesta quarta-feira o ministro da Defesa do país, o general-em-chefe Gustavo Rangel. Em entrevista coletiva concedida na sede do Ministério, Rangel não deu detalhes sobre a composição nem sobre o material de apoio dos 10 batalhões deslocados para a fronteira.
O ministro justificou a mobilização dizendo que se trata de evitar uma "agressão" como a ocorrida no sábado por unidades militares colombianas contra o Equador, "às ordens do império americano". Rangel reiterou a tese defendida pelo governo venezuelano de que o objetivo final desses incidentes armados é tomar posse do petróleo do país.
Fontes oficiais contaram que a mobilização dos batalhões envolverá a mudança de quase 9 mil tropas e de seus equipamentos de combate. Fotos publicadas hoje em parte da imprensa venezuelana mostram caminhões que transportam alguns tanques
AMX-13 de fabricação
francesa, com mais de 40 anos de serviço.
Até agora, não foram divulgados documentos sobre a mobilização de tanques AMX-30, que foram modernizados e seriam a principal arma em um hipotético conflito com a Colômbia. Durante a entrevista coletiva, os altos comandantes militares afirmaram que não têm "aspirações de atravessar a fronteira" e terminaram seus discursos com um "voto pela paz e pela soberania".
A Venezuela tem cinco frentes de operações em torno dos mais de 2 mil quilômetros de fronteira com a Colômbia, com um número de tropas que chegou a 20 mil soldados nos momentos de maior tensão. As frentes de operações são zonas militares com pessoal treinado para realizar ações especiais e que trabalham com organismos de segurança do Estado, a Procuradoria e a Polícia.
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Foto:
EFE
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