| 06/03/2008 21h22min
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse hoje diante de sua colega argentina, Cristina Kirchner, que ambos exigem que o ataque que a Colômbia efetuou no Equador não se repita "nunca mais" e que se retome o caminho da "cooperação, a paz e confiança".
— Se aceitássemos essas doutrinas estranhas e perigosas baseadas na guerra estaríamos demolindo o direito internacional, o respeito à soberania dos Estados e povos e isso sim seria o começo do fim do caminho da paz que estamos construindo — manifestou.
A Venezuela e a Argentina estiveram juntas na hora de apoiar o Equador, "condenando a agressão contra o território equatoriano, precisamente porque nos negamos a aceitar a doutrina totalmente estranha a este território e a sua história", sustentou ele em cerimônia de assinatura de acordos bilaterais na Presidência venezuelana.
Assistiram ao evento, como convidadas especiais, a senadora colombiana Piedad Córdoba e Yolanda Pulecio, mãe da ex-candidata
presidencial colombiana Ingrid
Betancourt, seqüestrada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em 2002.
Chávez disse às duas para que "não percam nunca a fé, a esperança na luta pela vida, pela humanidade, pela libertação de Ingrid e de todos os compatriotas que vivem com condições muito difíceis na selva da Colômbia".
— Tenham a certeza que, apesar de tudo e aconteça o que acontecer, nós seguiremos lutando pelo caminho do acordo humanitário, da libertação de todos os reféns em mãos das Farc, da libertação de nossa muito querida Ingrid e, além disso, da paz para o povo querido, amado e irmão da Colômbia — ressaltou.
Sem repetir nesta ocasião as desqualificações que repetidas vezes dirigiu contra seu colega colombiano, Álvaro Uribe, o governante venezuelano convidou-o a refletir, embora sem nomeá-lo.
— Fazemos um chamado à reflexão aos responsáveis destes fatos e exigimos que nunca mais se repitam, que retomemos o caminho da cooperação, da paz,
da confiança — disse.
Uma incursão
militar da Colômbia no Equador no sábado passado, na qual morreu o número dois das Farc, Raúl Reyes, levou Chávez a fechar sua embaixada em Bogotá, a expulsar o corpo diplomático colombiano em Caracas e a reforçar a fronteira com esse país.
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, e sua colega argentina, Cristina Kirchner, estiveram reunidos hoje
Foto:
Carlos Hernandez, EFE
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