O ministro colombiano de Defesa, Juan Manuel Santos, pediu hoje "desculpas e perdão" ao Equador pela incursão em território durante a operação que matou Raúl Reyes, considerado o segundo homem no comando das Farc, mas denunciou a "permissividade" de seus vizinhos com o grupo guerrilheiro.

Em entrevista que concedeu à rede de televisão CNN em espanhol, Santos reconheceu a incursão de helicópteros do Exército colombiano em território equatoriano, mas insistiu que "o problema no fundo" é a presença de "terroristas" em territórios vizinhos, a partir de "onde atacam a nossa população".

— Como permitem (os presidentes da Venezuela e do Equador, Hugo Chávez e Rafael Correa, respectivamente) que esses grupos passeiem por sua casa? — se perguntou.

Santos respondeu às acusações de Correa em relação à violação de sua soberania pedindo explicações de por que as Farc estão no território equatoriano e atacam a partir do solo do país vizinho.

Além disso, acusou a Venezuela e o Equador de "permissividade" e de "cumplicidade" com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

— A luta (contra o terrorismo na Colômbia) é mais difícil quando esses terroristas se refugiam, descansam e atacam no território vizinho — admitiu o ministro colombiano.

Santos declarou que seu país nunca foi "belicista" nem "agressor" e quer regular a crise por "via diplomática" e solicitou à comunidade internacional que "colaborem (com a Colômbia) na luta contra o terrorismo".