| 14/03/2008 13h02min
Um menino conseguiu driblar os policiais federais brasileiros e americanos, além de militares, e pedir R$ 1 para a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, durante o passeio dela por Salvador. Ela não entendeu o pedido, mas as equipes de segurança fizeram o garoto fugir correndo. Antes de deixar o Pelourinho e se dirigir ao aeroporto comentou sobre a visita:
— Foi uma honra e um prazer conhecer Salvador. Gostei muito, tive momentos ótimos. Vou recomendar.
Condoleezza chegou ao bairro histórico de Salvador e acompanhou ali um ritual inter-religioso na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, conheceu as obras sociais desenvolvidas pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), em parceria com a Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba), e visitou o Museu Afro da Bahia. Tudo intercalado por apresentações musicais, como da banda Olodum, e performáticas, como rodas de capoeira, em ritmo de city-tour.
No
passeio, a secretária de Estado esteve
acompanhada, o tempo todo, pelo governador baiano, Jaques Wagner (PT), pelo prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro (PDT), e pelos ministros da Cultura, Gilberto Gil, e do Turismo, Marta Suplicy. Todos voltaram a ressaltar a importância da exposição da visita da americana para a divulgação da Bahia, mas reconheceram que, na visita, não houve discussões de trabalho.
Cerca de 10 minutos depois da secretária ter ido embora, rumo ao aeroporto, um grupo de cerca de 20 pessoas, integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Internacional Revolucionária da Juventude, começaram um apitaço na frente do Museu Afro. Com uma faixa em que pregavam a retirada das tropas americanas do Iraque e das brasileiras do Haiti, os manifestantes ficaram cerca de 30 minutos no local e, mesmo cientes de que Condoleezza já havia se deslocado para o aeroporto, queimaram da bandeira americana.
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