| 26/03/2008 11h20min
O fracasso das negociações entre a Vale e a mineradora anglo-suíça Xstrata e a fusão da Bovespa Holding e da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) prometem dar fôlego ao pregão da Bolsa de Valores de São Paulo desta quarta-feira, na contramão do mercado externo, onde prevalece o sinal de baixa. O índice Bovespa abriu em alta e ganhava 0,39% às 10h5min, a 61.476 pontos.
As ações da Bovespa Holding e da BM&F também devem subir na abertura, com os investidores comemorando o anúncio da fusão, divulgada ontem à noite. Pelo acordo, a Nova Bolsa, como está sendo chamada provisoriamente, terá ações negociadas no Novo Mercado e os acionistas da BM&F e da Bovespa Holding receberão ações ordinárias (ON) emitidas pela Nova Bolsa, na proporção de 50% para cada companhia. Os acionistas da Bovespa Holding, e também da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), receberão pagamento de R$ 1,24 bilhão.
Considerando-se o valor de mercado das duas bolsas em
fevereiro (cerca de US$ 20
bilhões), a instituição resultante será a segunda maior das Américas, atrás apenas da Bolsa de Chicago e à frente até mesmo da Bolsa de Nova York. Mais detalhes da operação estão sendo fornecidos esta manhã em entrevista à imprensa dos presidentes das duas bolsas, em São Paulo.
A Petrobras também deve permanecer sob os holofotes. A alta dos preços do petróleo no exterior pode favorece mais um dia de ganhos para os papéis da petrolífera. Ontem, as ações registravam valorização robusta, de mais de 5%, em meio a rumores de que a estatal estaria para anunciar a descoberta de um megacampo de petróleo no Maranhão, de proporções semelhantes ao de Tupi.
Depois do tombo de 21,09% das ações preferenciais classe B da Cesp ontem, a maior do Ibovespa e do mercado, há expectativa para ver se as vendas vão ter continuidade, após ter fracassado o leilão de privatização. Nenhum dos cinco grupos interessados depositou garantias na CBLC. O efeito Cesp contaminou ontem outros papéis do
setor elétrico.
Os investidores que têm ações do Banco do Brasil podem reagir hoje à notícia que saiu ontem, após o encerramento do pregão, de que o banco terá de pagar cerca de R$ 400 milhões para 385 funcionários do BB do Amazonas, atendendo a uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Os funcionários entraram na Justiça em 1988, pedindo equiparação salarial com o BC. Mas ainda cabe recurso da decisão ao Supremo Tribunal Federal (STF).
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