O dólar negociado à vista abriu estável a R$ 1,725 no pregão da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) desta quinta-feira. O movimento da taxa de câmbio tende a ficar bastante ligada ao cenário exterior, sem que uma tendência de comportamento esteja claramente definida. De qualquer forma, o fluxo de recursos será fundamental para firmar a direção do dólar no câmbio doméstico de hoje.

Nesta manhã, o quadro externo mostra direções nítidas nos mercados acionários e no mercado de moedas: as bolsas estão reticentes, mais cautelosas, ainda digerindo o depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, Ben Bernanke. Ele volta a falar hoje no senado. Na quarta-feira, Bernanke admitiu, pela primeira vez desde o início da crise de crédito, a possibilidade de recessão na economia americana.

Na Europa, o euro cede frente ao dólar desde as primeiras horas do dia. Ordens de prevenção de perdas (stop-loss) foram acionadas com o euro abaixo de US$ 1,55, trazendo a moeda européia para a mínima em uma semana. O euro também foi afetado pela queda de 0,5% nas vendas do varejo no bloco, em fevereiro, na comparação com janeiro, a maior desaceleração desde novembro.

Fluxo

Ontem, operadores de câmbio observaram que o fluxo comercial foi negativo, mas houve ingressos financeiros expressivos, com destaque para uma entrada de cerca de US$ 500 milhões de uma empresa do setor de telefonia. Uma fonte também informou que houve ingressos de estrangeiros que migraram para a Bovespa. Esse foi um dos motivos que levaram o dólar à vista a fechar em baixa de 1,15%, a R$ 1,725, na roda da BM&F, e o dólar comercial em queda de 1,03%, a R$ 1,727 no mercado interbancário.

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