| 09/05/2008 11h32min
Em 2004, quando tinha apenas 17 anos, Joanna Maranhão chamou a atenção de todos no Brasil ao chegar em uma final nas Olimpíadas de Atenas. Na época, a nadadora era apontada como uma grande revelação de nosso esporte. Nos anos seguintes, contudo, caiu de rendimento. Em fevereiro deste ano, enfrentou seu maior drama ao revelar que havia sido abusada sexualmente por seu treinador quando tinha nove anos. Agora, a nadora busca o ressurgimento da carreira e comemora o índice olímpico conquistado para Pequim.
– Venci várias batalhas, voltei a ter prazer de nadar. Comecei a tomar anti-depressivos, faço análise desde 2006 e começou a dar resultado. Em 2007, o Pan foi a redenção e agora passei pela primeira batalha que era conseguir o índice olímpico – vibra a nadadora.
Mesmo com a vaga olímpica, Joanna Maranhão sabe que precisará evoluir ainda mais até agosto, caso queira, ao menos, chegar a uma final em Pequim. No Troféu Maria Lenk, a nadadora marcou 4min44s66, mais de quatro segundos a mais do que o tempo marcado em Atenas.
– Quatro segundos na minha prova não é muito. Basta eu treinar, pois sei que preciso melhorar no nado peito e também na passagem do nado de costas – comentou.
A má fase vivida nos últimos anos serve como estímulo para que Joanna Maranhão conquiste um bom resultado na próxima Olimpíada.
– Ninguém lá vai esperar nada de mim. As outras meninas vão olhar e dizer: ‘Esta menina é aquela que nadou bem há quatro anos e depois não conquistou mais nada’. É assim – completou.
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