| 17/05/2008 16h37min
Em entrevista concedida neste sábado à rádio CBN, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva evitou criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alegando que "não poderia cometer injustiças". Mesmo assim, reconheceu que, neste momento, não estava tendo "sustentação" para avançar com a agenda.
Ao entregar o cargo, nesta semana, Marina Silva reafirmou que a sua decisão de deixar a pasta tem o propósito de abrir caminho a um "novo acordo" e reposicionamento da pauta ambiental, de modo a dar continuidade às medidas anunciadas desde o início de sua gestão, há mais de cinco anos.
— Saí porque não conseguia mais reunir as condições necessárias para continuar com a agenda no patamar que ela merece — comentou na rádio, acrescentando que conhece Lula há 30 anos e que tem "imensa gratidão" por ter sido escolhida para o ministério.
A senadora foi questionada sobre a reação do presidente ao receber uma carta de demissão sem aviso prévio. Marina ainda não
teve a oportunidade de conversar com
Lula e repetiu que, com sua decisão, visa ajudar a agenda de meio ambiente do país.
Na transição para o segundo mandato, ela já havia enviado ao chefe de Estado
Ela disse que já havia enviado a Lula uma carta pedindo para deixar o cargo, na transição para o segundo mandato.
—Aquela carta foi, de certo modo, um primeiro aviso — admitiu, explicando que, naquela ocasião, o Ministério havia acertado alguns pontos com o governo para a pauta ambiental.
Marina, que retoma agora sua cadeira no Senado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), elogiou seu sucessor, Carlos Minc, secretário de Meio Ambiente no Rio de Janeiro.
— Retira-se a aluna, entra o professor. A sociedade precisa dar um crédito de confiança ao nosso deputado e agora ministro Carlos Minc. Naquilo que eu puder ajudar, vou ajudá-lo — afirmou.
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