| 20/05/2008 03h51min
Foi longa a madrugada de ontem para Sorondo. Com receio de passar outros seis meses parado após torcer o joelho esquerdo na partida de domingo, contra o Palmeiras, o zagueiro rolou na cama do Hotel Pestana, em São Paulo, até as 5h. Acordou três horas depois e, por sorte, teve uma boa notícia no retorno a Porto Alegre: o período de recuperação longe dos gramados não deve ultrapassar um mês.
Sorondo sentiu a articulação ao frear depois de drible de Valdivia aos 40 minutos de jogo. Ele apoiou o peso dos seus 87 quilos na perna esquerda. O zagueiro deixou o campo na maca, como numa reprise do drama iniciado na partida contra o Vasco, no ano passado, em São Januário.
— No momento que torci, senti uma sensação parecida de quando rompi o ligamento cruzado, como se não estivesse firme — contou ontem, por telefone, de seu apartamento no Bairro Bela Vista.
Ainda no campo do Parque Antarctica, ele tentou ficar de pé para retornar ao jogo. Foi vencido pela dor. Era o início da preocupação que tiraria o sono do uruguaio. Bustos, companheiro de quarto do zagueiro, a todo momento falava palavras de incentivo para animar Sorondo. Mas a auto-estima só veio depois das parcas três horas mal dormidas.
Quando levantou, a sensação de insegurança ainda incomodava, mas as dores quase não existiam. Luciano Ramires, médico que acompanhou o Inter em São Paulo, colocou uma proteção de neoprene na perna esquerda. A direção ainda providenciou que o jogador de 1m90cm sentasse na primeira fileira do avião, onde há mais espaço, justamente para esticar a perna. Ontem, ele aparentava tranqüilidade no desembarque da delegação, ao meio-dia. De bermuda e agasalho do clube, ouvia música em seu iPod e caminhava sem maiores dificuldades.
À
tarde, depois de almoçar com a família em casa, Sorondo usou o
carro para andar algumas quadras até a clínica do médico João Ellera Gomes, nas imediações do Shopping Iguatemi.
O traumatologista Ellera é referência em articulações e espécie de consultor do Inter. Fez parte da junta médica que operou o uruguaio. Precisou de poucos minutos e de um exame físico no joelho para descartar cirurgia. A ausência de inchaço no local era bom sinal. O zagueiro ouviu a a recomendação de repousar por período de 48 horas a 72 horas antes de retomar os treinos. Ellera sugeriu que o deixasse de fora no sábado, contra o Flamengo, no Maracanã.
— Sequer houve inchaço no local. Se ele não tivesse passado por uma cirurgia, teria considerado o lance como algo normal. No caso do Sorondo qualquer dor é preocupante. Ele ficou apreensivo. Mas foi só — garantiu Ellera Gomes.
No Beira-Rio, o diretor médico do Inter, Paulo Rabelo, mostrou-se aliviado com o diagnóstico do consultor Ellera. Garantiu que o zagueiro estava pronto para atuar
depois de participar de sete treinos
coletivos e da partida contra o Vasco. Ressaltou que ainda é cedo para previsões, mas a parada pode chegar a 30 dias (fora dos jogos contra Flamengo, Sport, Botafogo e Portuguesa). Voltaria contra o Vitória, um jogo antes do Gre-Nal.
— Para se recuperar da entorse e da parte física, ele talvez fique um mês parado — projetou.
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