| 21/05/2008 23h22min
Após seis anos, o Brasil voltará a sediar a fase final da Liga Mundial. No entanto, a festa corre risco de não ser completa, pois os principais rivais da equipe comandada por Bernardinho ameaçam trazer times reservas caso avancem na competição.
– Conversei com alguns jogadores das seleções búlgara e italiana e eles não virão para o Brasil caso as equipes se classifiquem para o torneio principal. Eles acham que não compensa viajar para cá e seguir para o Japão, onde os times vão se preparar para Pequim – revela o ponteiro Dante.
Além de Itália e Bulgária, a Rússia também pode estar na lista das equipes que competirão sem seus principais craques no Brasil. Capitão da seleção brasileira, Giba torce para que os boatos não se confirmem. Segundo o atacante, enfrentar as seleções completas ajudaria o time a se preparar melhor para Pequim.
– Soube que várias seleções não queriam vir com seus times principais para a Liga Mundial. Espero que isso não aconteça. De qualquer forma, por enquanto, são apenas boatos.
Já o líbero Serginho espera que o boicote aconteça para facilitar a vida da seleção na luta por mais um título da Liga. No entanto, o atleta lembra que, mesmo com times reservas, os principais rivais deverão dar trabalho.
– Se os times principais não vierem, melhor para a gente! Sei da dificuldade que temos para ganhar deles. Mas a diferença técnica entre titulares e reservas dessas equipes não é tão grande assim. Isso não quer dizer que eles vão nos dar o título de mão beijada.
Desgaste de atletas preocupa Bernardinho
Para o técnico Bernardinho, a estratégia dos adversários é compreensível em um ano olímpico. O treinador admite que também pretende poupar seus craques durante a competição, principalmente durante a fase inicial (como sede da fase final, o Brasil já está garantido na etapa decisiva).
– É uma possibilidade, já que todo mundo quer vencer em Pequim. Eles deverão utilizar outros jogadores e poupar outros para chegarem bem nas Olimpíadas. Evitar desgastes desnecessários é a minha maior preocupação no momento. Vou conversar com os atletas para evitarmos problemas futuros. Depois, vou pensar nos adversários – explica o técnico, confessando que preferia ver a fase final da Liga sendo disputada em outro país, para não desconcentrar os brasileiros.
Igualar a Itália motiva a seleção
De olho no ouro em Pequim, os jogadores da seleção brasileira reconhecem que a Liga Mundial será um treino de luxo. Porém, além do apoio da torcida, os atletas têm um motivo a mais para brilharem na competição: a chance de igualar os maiores rivais da década de 90.
– Queremos empatar com a Itália, que tem oito títulos. Jogando em casa, sabemos que a nossa responsabilidade é grande – diz Giba.
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