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Milhares de opositores venezuelanos fizeram nesta terça, dia 7, manifesto contra os impostos no governo do presidente Hugo Chávez. Eles caminharam até a frente de uma das sedes do Seniat (órgão arrecadador), pregando boicote aos impostos. O objetivo é pressionar Chávez a renunciar ou convocar eleições antecipadas.
Mais de cinco semanas depois o início da greve que comprometeu grande parte da produção do quinto maior exportador de petróleo do mundo, os líderes da oposição esperam agora que a desobediência estrangule uma importante fonte de renda do governo.
O itinerário da passeata de ontem foi mudado na última hora para evitar enfrentamentos com chavistas, que se concentraram em frente à sede principal da Seniat, em Caracas. A marcha acabou se dirigindo a outra sede da Seniat, no distrito de Chuao. Em pronunciamento na TV, Chávez e seu governo condenaram o boicote, classificando o ato de ilegal e ameaçando prender quem não pagar os impostos.
A
estatal Petróleos de Venezuela S. A
(PDVSA) deve sofrer uma reestruturação para reverter os custos burocráticos, hoje estimados em US$ 1 bilhão. Entre as medidas a serem adotadas, está a dispensa de executivos grevistas de médio e alto escalão. Além disso, o ministro de Minas e Energia, Rafael Ramírez, planeja dividir a estatal em duas – PDVSA Leste e PDVSA Oeste. Com isso, ele espera restabelecer a produção diária de 3,1 milhões de barris de petróleo por dia.
Nesta terça, dia 7, o presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, informou que o Brasil poderia vender combustível à Venezuela mediante uma "política estritamente comercial". Ele afirmou que um acordo não deve ser interpretado como uma interferência brasileira nos assuntos internos do país vizinho. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que os chanceleres das nações vizinhas da Venezuela deverão conversar, informalmente, no próximo dia 15, durante uma reunião em Quito (Equador), sobre a criação de um Grupo de Países Amigos da Venezuela. A proposta
que estará
em discussão é a de fazer desse grupo um instrumento de apoio ao trabalho que o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Cesar Gavíria, vem desenvolvendo para ajudar na superação da crise venezuelana.
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