Pela segunda vez consecutiva o Sport será um "divisor de águas" para o Figueirense.No ano passado, foi justamente uma derrota diante do time pernambucano que iniciou a derrocada alvinegra no Brasileirão.

Desta vez, a situação é ainda mais contundente: se vencer, sábado, no Orlando Scarpelli, Guilherme Macuglia respira e pode ter uma certa tranqüilidade para continuar ajustando a equipe à sua filosofia de trabalho; se não vencer, "medidas enérgicas" serão tomadas pela direção do clube e uma lista de dispensas, já elaborada, será colocada em prática.

O goleiro Wilson, o volante Diogo, o zagueiro Vinícius e o meia Cleiton Xavier estavam naquela partida em que o Figueirense perdeu por 1 a 0, no dia 18 de julho de 2007, no Scarpelli. A partir daquele tropeço, o time então dirigido por Mário Sérgio iniciou uma trajetória descendente, que culminou na demissão do treinador, 14 jogos depois, em uma goleada diante de outro rubro-negro, o Flamengo (4 a 1, no Maracanã).

Neste espaço de tempo, foram 14 jogos, com quatro derrotas, duas vitórias e sete empates, com 20 gols marcados e 26 gols sofridos.

— Aquele jogo foi realmente um divisor de águas — lembrou o superintendente da Figueirense Participações, Rodrigo Prisco Paraíso.

Desta vez, o Sport será novamente um marco. Os jogadores garantem que darão o "algo mais" para que seja uma virada para um momento positivo. O grupo parece ter assimilado bem a cobrança da direção.

— Nossa profissão é de cobrança, mesmo, quando os resultados não vêm. Isso é normal, nós temos que tentar reverter a situação dentro de campo, mas também não adianta querer ganhar de qualquer maneira. Temos que ter postura tática — avaliou o capitão alvinegro, Cleiton Xavier.

— Não adianta bater o desespero. Ninguém está tirando o pé nem fazendo corpo mole, mas está faltando alguma coisa e os resultados não estão vindo. Temos que dar aquele algo mais — disse Asprilla.

Rodrigo Fabri está fora e Leandro Makelelê é dúvida

Por falar em zagueiro, o Figueirense deve ter apenas dois contra o Sport. Tanto no tático de terça-feira quanto no início do treino desta quarta (só o aquecimento foi aberto, o restante do trabalho foi a portas fechadas), Guilherme Macuglia usou o mesmo time titular, posicionado no 4-4-2.

O meia Rodrigo Fabri sofreu um estiramento muscular e vai desfalcar o time por duas a três semanas. Assim, Ramon ganha vaga contra o Sport. O volante Leandro Makelelê, outro que seria titular no sábado, torceu o tornozelo direito no treino de ontem e é dúvida.