| 22/01/2003 12h58min
Diplomatas ligados ao governo da Coréia do Norte declararam nesta quarta, dia 22, que o país retomará os testes com mísseis balísticos se o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) der início a discussões sobre a crise detonada pelas ambições nucleares norte-coreanas. Se os Estados Unidos pressionarem demais a nação comunista, acrescentaram as fontes, o governo pode se declarar um Estado atômico.
O vice-subsecretário de Estado norte-americano, John Bolton, principal autoridade dos EUA para a área de controle de armas, afirmou, em uma entrevista concedida em Seul (capital da Coréia do Sul), prever que o Conselho de Segurança trate da questão até o final desta semana.
A Coréia do Norte assustou seus vizinhos em 1998 ao disparar um míssil de médio alcance que passou por cima do Japão. No ano seguinte, o país declarou que interromperia os testes até o começo deste ano. Em setembro passado, a moratória foi prorrogada por prazo indeterminado. Mas, no começo deste mês, a Coréia do Norte retirou-se do Tratado de Não-Proliferação nuclear e então sugeriu que poderia retomar os lançamentos.
Um outro diplomata afirmou que, se os EUA adotarem uma postura mais rígida em relação aos norte-coreanos, o país comunista pode declarar ter a intenção de fabricar armas nucleares.
– É dessa forma que o governo norte-coreano acredita poder proteger sua soberania e garantir sua sobrevivência – disse.
As informações são da agência Reuters.
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