A derrota do Figueirense em sua estréia no Campeonato Catarinense de 2003 fez do Atlético Hermann Aichinger o único time barriga-verde a ganhar duas vezes do alvinegro nos últimos 20 meses. A outra vitória foi no campeonato do ano passado: 1 a 0, também no Orlando Scaperlli.

Mas o desempenho da modesta equipe de Ibirama frente ao Figueira torna-se realmente impressionante se comparado ao do Avaí em clássicos. Ainda mais se for levada em conta a conhecida máxima de que em clássico não há favorito.

Enquanto o Atlético venceu duas e empatou uma nos três últimos confrontos, o Leão da Ilha não consegue derrotar o Furacão do Estreito há longos 33 meses. Mais exatamente, desde o 2 a 1 do dia 9/4/2000, na Ressacada, pelo Catarinense daquele ano. De lá até hoje, foram seis vitórias alvinegras e cinco empates (veja tabela abaixo).

Manter esse tabu é a meta do Figueira para a próxima rodada do Catarinense 2003, no domingo, dia 26, quando enfrenta o arqui-rival, a partir das 19h, na Ressacada.

A partida de domingo e a derrota de quarta foram os assuntos de uma longa reunião realizada nesta quinta, dia 23, no Scarpelli, entre os jogadores, o técnico Heron Ferreira e o gerente de futebol Dorival Júnior.

– Foi uma derrota que ninguém estava esperando. Mas já faz parte do passado e agora é pensar no Avaí – disse, à saída da reunião, o volante Marcinho, único jogador presente nas duas derrotas para o Atlético-Ib.

– A competição está apenas começando, mas temos de ser realistas: não começamos bem. Agora precisamos de muita diposição e vontade para que possamos fazer uma grande partida contra o Avaí – afirmou o zagueiro Márcio Goiano, capitão do time.

Depois da reunião, a parte do elenco que não jogou contra o Atlético de Ibirama treinou no Centro de Treinamento do Cambirela, em Palhoça, sob a orientação do preparador físico Celso de Rezende.

Já os jogadores que entraram em campo na estréia fizeram sessão de relaxamento. Apenas o meia Fernandes realizou trabalho diferenciado, de reforço muscular, com o objetivo de prevenir lesões.

O técnico Heron Ferreira define o Figueira no treino marcado para a tarde desta sexta, dia 24. Logo após a derrota dessa quarta, o treinador havia dito que a única mudança que pretende é no aspecto motivacional da equipe.

Mas a estréia do lateral-esquerdo Édson, jogador de 30 anos que trabalhou com Heron no Santa Cruz, e a entrada do jovem atacante Roberto, de apenas 17 anos, foram cogitadas no clube nesta quinta.