Forças israelenses explodiram pontes e enfrentaram atiradores palestinos na Faixa de Gaza neste sábado, dia 25, em resposta a um ataque com foguete a uma cidade próxima à fazenda do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, dias antes da data marcada para as eleições gerais no país.

Horas depois dos cinco foguetes atingirem a cidadezinha israelense de Sderot, um batalhão de choque invadiu Beit Hanoun, na Faixa de Gaza. Segundo a polícia, uma mulher ficou levemente ferida no ataque a Sderot.

Pelo menos um palestino morreu e 20 ficaram feridos durante a incursão israelense noturna, de acordo com fontes da segurança local. Um porta-voz do exército disse que o batalhão já se retirou de Beit Hanoun e não sofreu baixas.

No Cairo, nessa sexta, dia 24, facções palestinas reuniram-se para discutir uma proposta egípcia que propõe um cessar-fogo unilateral de um ano, mas garante direito à resistência à ocupação e mantém o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat, como líder palestino. Mas analistas avaliam que há poucas chances de se chegar a um acordo durante as negociações que devem se estender pelo fim de semana.

Há 28 meses, palestinos dão demonstrações constantes de violência para tentar estabelecer seu Estado independente, o que alimentou o apoio israelense às severas medidas de segurança defendidas pelo partido de direita de Sharon, o Likud – nas eleições da próxima semana  espera-se que saia vitorioso.

A violência também chegou ao Líbano. Duas bombas foram lançadas contra um café e uma loja no maior campo de refugiados do país neste sábado.

As fontes palestinas afirmaram que um agressor não-identificado arremessou uma bomba no café localizado nas cercanias do campo de Ain el-Hilweh, atingindo o estabelecimento e um carro que estava estacionado perto. Momentos depois, uma outra bomba foi jogada em uma loja.

Ninguém ficou ferido nos ataques, que as fontes atribuem ao avanço das tensões políticas apesar de os proprietários dos comércios não terem nenhuma afiliação política.

Estes ataques foram os últimos de uma série em campos próximos à cidade de Sidon, onde as tensões aumentaram desde que militantes islâmicos entraram em conflito com combatentes leais à façcão Fatah do presidente palestino Yasser Arafat em agosto.