| 25/06/2008 23h53min
O Fluminense não suportou a LDU na altitude de Quito e levou 4 a 2 no primeiro jogo das finais da Copa Libertadores da América de 2008, nesta quarta-feira, no Estádio Casa Blanca, no Equador. Como na decisão do torneio continental não existe mais o gol qualificado fora de casa, se os brasileiros vencerem por dois de diferença no Maracanã, na próxima semana, dia 2 de julho, levam o jogo à prorrogação. Em caso de vitória por uma vantagem de três ou mais gols na volta, o time carioca levanta a taça pela primeira vez na história.
Bieler, Guerrón, Campos e Urrutia fizeram os gols da LDU, todos no primeiro tempo. Conca, na etapa inicial, e Thiago Neves, depois do intervalo, descontaram para o Fluminense.
Se o Fluminense conquistar o título, Renato Gaúcho será o primeiro brasileiro a vencer a maior competição interclubes do continente como jogador e técnico. Em 1983, Renato foi campeão pelo Grêmio.
Primeiro tempo para esquecer
Não se sabe se foi a altitude de Quito, o nervosismo por estar em uma final de Libertadores, ou a qualidade dos jogadores da LDU. Até mesmo todas as alternativas podem explicar as dificuldades que o Fluminense teve durante os primeiros 45 minutos de jogo. Saindo com uma velocidade impressionante para o ataque, os equatorianos foram os donos da partida na etapa inicial e abriram 4 a 1 antes mesmo do intervalo da partida.
O começo não poderia ser pior. No primeiro ataque dos equatorianos, o atacante Bieler se atirou para completar um cruzamento da direita e abriu o placar a favor dos donos da casa. 1 a0.
Empate brasileiro
Em desvantagem no marcador, o Fluminense reagiu. Aos cinco minutos, Washington recebeu de frente para a meta e chutou em cima do goleiro equatoriano. Aos 11, o gol de empate. Thiago Neves sofreu falta na intermediária da LDU. Conca bateu com maestria e colocou a bola no ângulo de Cevallos. Uma pintura de gol.
Mesmo com o empate, os brasileiros não se encontravam em campo. Teoricamente, jogando na altitude de Quito, o Fluminense teria que prender a posse de bola e fazer com que a partida ficasse com ritmo o mais cadenciado possível. Mas não foi isto que aconteceu. Os brasileiros entraram na correria da LDU e acabaram sendo atropelados pelos donos da casa.
Superioridade equatoriana
Depois da primeira falta do Fluminense na partida, aos 29 minutos, o zagueiro Luís Alberto recebeu o cartão amarelo. Pior que isto viria a seguir. Manso bateu em cima da barreira. A bola desviou e caiu nos pés de Bieler, que chutou para defesa milagrosa de Fernando Henrique. Na sobra, Guerrón acertou uma bomba e colocou a LDU na frente, 2 a 1.
O argentino Conca era o único jogador do Fluminense que conseguia complicar as coisas para os equatorianos. Já Thiago Neves, com pouca movimentação, era facilmente bloqueado pelos adversários. Washington e Cícero, isolados no ataque, não viam a cor da bola.
E os equatorianos conseguiram aumentar ainda
mais a vantagem na primeira etapa. Aos 32 minutos, Bolaños cobrou escanteio e Campos se antecipou aos zagueiros para cabecear sem defesa para Fernando Henrique, fazendo 3 a 1.
Já nos descontos, Manso cobrou escanteio da direita. Washington tentou cortar no primeiro pau, mas acabou dando uma assistência para o adversário. Com o toque de cabeça do brasileiro, a bola se ofereceu para Urrutia, sozinho, marcar o quarto da LDU.
Flu dá o troco e marca no início do segundo tempo
Surpreendentemente, Renato Gaúcho não mexeu no time no intervalo, mesmo com a péssima atuação do time no primeiro tempo. Mas, ao contrário da etapa inicial, quem marcou cedo foram os brasileiros no segundo período. Logo aos sete minutos, Gabriel cruzou da direita e Thiago Neves cabeceou no canto para descontar. 4 a 2.
Mesmo tendo melhorado em relação ao primeiro tempo, o Fluminense seguia errando muitos passes e não fazendo uma boa partida. A diferença de volume de jogo entre as duas equipes era marcante. O time carioca, nem de longe, lembrava a equipe vibrante dos confrontos contra São Paulo e Boca Juniors.
Aos 20 minutos, Renato foi obrigado a fazer a primeira modificação na equipe. Arouca saiu machucado e o técnico colocou o volante de marcação Maurício, não alterando a estrutura tática da equipe. Aos 26, o treinador sacou Washington, de péssima atuação, e colocou Dodô em campo.
Altitude tira o fôlego dos brasileiros
Desgastado em função da altitude equatoriana, o Fluminense parecia estar satisfeito com o resultado de 4 a 2 contra. Faltando poucos minutos para o apito final do árbitro chileno Carlos Chandía, os brasileiros já não queriam mais nada com o jogo.
E por muito pouco o Fluminense não foi castigado. Aos 44 minutos, Guerrón pegou de primeira de dentro da área e acertou o poste de Fernando Henrique. Na sobra, a bola bateu nas costas do goleiro, que conseguiu segurar ela em cima da linha.
Desesperado, Renato Gaúcho tirou Thiago Neves, o centro técnico da equipe, e colocou o experiente Roger. O ex-jogador do Grêmio entrou bem e teve tempo de salvar um lance dentro da área brasileira.
Ao final da partida, os equatorianos somaram 14 escanteios a favor contra nenhum do Fluminense. Uma superioridade inquestionável, que terá que ser confirmada na segunda partida, desta vez em solo brasileiro.
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