| 08/07/2008 08h28min
A vitória de 3 a 0 sobre o Coritiba no domingo marcou uma mudança de rotina na vida do Inter em 2008. Pelo menos até 31 de agosto, o time enfrenta a maratona de jogos na quarta-feira e no fim de semana. Serão 17 partidas em dois meses, período em que os jogadores precisarão se acostumar com a rotina de jogo, concentração, viagem e pouco tempo para a família e o lazer.
Apesar do desgaste físico, os jogadores são quase unânimes: preferem a rotina de jogos à semana livre para treinos. Nilmar, que passou boa parte da última temporada cuidando da recuperação física devido a lesões, festejou. O atacante brinca e diz que, com mais tempo livre, os preparadores "castigam" com treinos
puxados:
– Para o jogador é sempre bom atuar. Não tem tempo para
treinar, mas eu prefiro assim. O pessoal (preparadores) pega firme aqui.
Até o novo preparador físico do Inter, Fabio Mahseredjian, trazido do Fluminense e apresentado segunda, sabe que seu trabalho nas próximas semanas será diferente. Como o intervalo entre as rodadas do Brasileirão será de no máximo 72 horas, o período para os jogadores descansarem ficará bastante reduzido. Sem contar que o técnico Tite dedicará pelo menos um desses dias para fazer ajustes táticos. Mahseredjian precisará esperar algum tempo para colocar os jogadores a suar.
– O preparador vira um recuperador físico – compara.
Para conseguir encarar o segundo semestre com sucesso, a
comissão técnica decidiu dispensar agora atenção especial aos jogadores
que não vêm sendo aproveitados neste momento. O jogo-treino de ontem contra o Sindicato dos Atletas (vitória dos reservas do Inter por 3 a 1) é um exemplo. A idéia é nivelar o grupo não apenas no que diz respeito à preparação física, mas também no ritmo de jogo.
– Só o Tite já usou 31 jogadores. E todos rodarão muito nestes dois meses, não só por suspensões devido a cartões – avisa o auxiliar de preparação Flávio Soares, o Galo.
Responsável pelo fôlego dos jogadores desde a saída de Eduardo Silva, há 25 dias, Galo procurou diminuir o descompasso do grupo. Os jogadores estavam com o preparo em níveis diferentes. Havia o grupo da hepatite, com Edinho, Maycon, Ramon e Renan.
Outra turma vinha de lesão, como Sorondo e Magrão. Sem contar os casos específicos, como o de Nilmar.
– Estamos chegando a um nível aceitável, melhor que estava há um tempo atrás, mas ainda não como gostaríamos. Quem souber recuperar um atleta melhor a partir de agora, estará em melhores condições no Brasileirão – alertou Galo.
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