| 01/08/2008 02h25min
A citação do desembargador gaúcho Rui Portanova na reportagem que aponta conexões das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no Brasil provocou reação cautelosa de seus colegas no Judiciário.
Procurado por Zero Hora, o Tribunal de Justiça do Estado, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que não se manifestaria sobre o caso por avaliar que se trata de tema de foro íntimo. O silêncio se repetiu na Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Apenas o presidente da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), Carlos Marchionatti, aceitou se posicionar sobre a proximidade de Portanova com os guerrilheiros. Segundo ele, cada brasileiro tem o direito de ter opinião e ideologia, o que, para ele, deve ser respeitado.
— Como presidente da Ajuris, reafirmo que nossa Constituição promove a solução pacífica de conflitos. A situação da Colômbia deve ser resolvida pelo povo colombiano — afirmou
Marchionatti.
Um desembargador
aposentado e amigo de Portanova se mostrou surpreendido com os contatos do magistrado com os representantes das Farc. Ele afirma que Portanova é um profissional respeitado nacionalmente por suas posições favoráveis a um Judiciário mais sensível às questões sociais.
— É considerado um magistrado extraordinário e avançado.
Revista colombiana havia afirmado que as Farc teriam relações com o governo brasileiro
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Site Revista Cambio, Reprodução
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