| 19/08/2008 12h44min
O Avaí encerrou o primeiro turno na vice-liderança da Série B do Brasileirão, com 35 pontos, quadro a menos que o líder Corinthians. De acordo com o vice-presidente e diretor de futebol Eduardo Gomes, a missão, até agora, foi cumprida e está até um pouco acima das expectativas. Também é hora de cálculos. Segundo ele, faltam cerca de 25 pontos em 57 que serão disputados para o Leão ascender à Primeira Divisão do futebol brasileiro.
Nesta entrevista, Gomes avalia a primeira fase da competição, fala como o clube conseguiu viabilizar a montagem do elenco e sobre o assédio sofrido pelos jogadores e até pelo técnico Silas.
Diário Catarinense — Acabado o primeiro turno, a campanha do Avaí está de acordo com o planejado?
Eduardo Gomes — Para classificar precisamos conquistar cerca de 60 pontos. Nos últimos dois anos, o quarto colocado entrou um com 60 e o outro com 59. Como fizemos 35 no primeiro turno,
a campanha está um pouco além dos nossos objetivos.
Considero a missão muito bem cumprida até aqui. Ainda mais que no returno vamos fazer 10 jogos em casa. No primeiro, foram nove.
DC — Um dos pontos fortes do Avaí foi a montagem e manutenção do elenco. Como o clube conseguiu isso?
Eduardo Gomes — Começamos a montar o elenco desde outubro. Pensamos que o ano de 2008 seria o do Avaí subir. Então, junto com as parceiras, buscamos jogadores mais qualificados. Mudamos a sistemática de contratação. Antes era só por um campeonato, mas agora é diferente. Contratamos por, no mínimo, um ano, o que nos dá a garantia da permanência. A saída do Vandinho foi uma exceção. Mas eu diria que foi uma oportunidade ímpar que surgiu para o clube. A idéia é manter este grupo até o final, buscando novas contratações na medida que aparecerem as necessidades. Outro ponto forte é que montamos um grupo não só com 11 ou 12 jogadores, mas com 20 a 25 jogadores praticamente do mesmo nível. Entra um e
sai outro e o time continua forte.
DC — Como o Avaí conseguiu mudar este perfil nas contratações?
Eduardo Gomes — A formação foi uma idéia do presidente (João Nilson Zunino) e da diretoria aproveitando a oportunidade com os parceiros. Era uma idéia antiga, que foi viabilizada com a Traffic, mas, principalmente, com a LA Sport.
DC — Como o Avaí fez para segurar jogadores como Marquinhos, Valber e o próprio técnico Silas?
Eduardo Gomes — Primeiro, essa procura demostra que estamos no caminho certo. Depois, para garantir a permanência dos atletas temos um blindagem com contratos longos e multas rescisórias altas. Hoje, nenhum jogador sai do Avaí sem que o Avaí queira. No caso do Vandinho, o clube concordou.
DC — A venda do Vandinho viabilizou o equilíbrio das contas do Avaí?
Eduardo Gomes — A venda ajudou o
fechamento do ano. Sempre disse: "é preferível vender um jogador e manter a folha em dia e a satisfação de todos os
outros a atrasar o salário de todos. Fizemos o negócio no momento certo. E os resultados, após a saída do Vandinho, mostraram que fizemos certo.
DC — E foi difícil contornar a saída do Marquinhos no fim de semana?
Eduardo Gomes — Desde o começo ressaltamos que havia um compromisso da diretoria com o Marquinhos e do Marquinhos com a diretoria. Fechamos um pacto para levar o Avaí à Série A. É claro que ele recebeu uma proposta muito boa, que não sei os valores, acima da realidade do Avaí. E ele pensou em cumprir o compromisso moral com o Avaí. Ele foi muito correto. Ele recebeu a proposta, pensou, mas depois conversamos. Ele refletiu e decidiu ficar.
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