| 01/09/2008 20h43min
Apesar de ter recebido o aval do presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Sérgio Corrêa, em relação à “paradinha” na cobrança de pênalti de Alan Bahia, o árbitro Sandro Meira Ricci pode ser afastado por sua atuação na vitória por 2 a 1 do Palmeiras sobre o Atlético Paranaense, neste domingo na Arena da Baixada.
De acordo com a assessoria de imprensa da CBF, os chefes da arbitragem nacional se reuniram nesta segunda-feira para decidir sobre a punição do apitador do Distrito Federal. O resultado das conversas não foi divulgado, mas os palmeirenses já têm posição clara a ser tomada diante da atuação de Sandro Ricci em Curitiba.
– Entraremos com uma representação formal amanhã (terça-feira) para que este árbitro não apite mais nenhum jogo do Palmeiras neste ano. Queremos deixar clara essa nossa posição. Não posso condená-lo, mas ontem (domingo) ele esteve muito mal e, nesta fase do campeonato, queremos árbitros próximos da perfeição – protestou o gerente de futebol Toninho Cecílio, solicitando arbitragens melhores na reta final do Brasileiro.
– Estamos em uma fase muito delicada do campeonato. Para o Palmeiras, faltam quatro, cinco rodadas para o fim. É mais decisivo para nós do que para o Grêmio. Se o Palmeiras tropeça, por um erro de arbitragem, fica a oito pontos. Ainda daria tempo para buscar, mas ficaria difícil – calculou.
O Palmeiras deixou Curitiba irritado principalmente com a cobrança de Alan Bahia. Na rodada anterior, quando os campeões paulistas venceram a Portuguesa, Cleber Wellington Abade proibiu Alex Mineiro de dar a “paradinha”, mas o meio-campista do Furacão foi liberado.
– Contra a Portuguesa, o Abade proibiu o Alex de dar a 'paradinha' e falaram que era uma circular que proibia. Se a CBF passou um relatório, deveria servir para todos os clubes – reclamou Gustavo. – Depois do que o Abade falou com o Alex Mineiro, não ficamos com nenhuma dúvida de que a paradinha estava proibida. A própria reação do nosso time depois do gol do Alan Bahia mostrou isso – complementou Toninho – o goleiro e capitão Marcos recebeu o amarelo por reclamação após o gol.
De qualquer maneira, a revolta dos atuais segundos colocados do Brasileiro não se deve apenas ao pênalti convertido pelos paranaenses.
– A 'paradinha' foi o de menos. Teve um pênalti no Kléber que, se não estava na área, estava na linha; o impedimento do Jefferson claramente mal marcado; e o pênalti marcado que foi toque de mão involuntário do Jumar, não tem como ele tirar o braço – enumerou Toninho, satisfeito com a provável “geladeira” a Ricci.
– Acredito que o afastamento é adequado e vem depois de uma avaliação feita pelo Sérgio Corrêa. Somos todos os cobrados, dentro do futebol, o árbitro, os dirigentes, os jogadores – avaliou, exaltando que o protesto é feito mesmo na vitória alviverde. – Nós não elogiamos sempre o (Leandro Pedro) Vuaden? E ele apitou a nossa derrota para o Botafogo... – relembrou.
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