A vitória do Brasil sobre o Chile no último domingo amenizou a pressão que a Seleção Brasileira recebia por maus resultados em amistosos, nas Eliminatórias e na Olimpíada. O passo seguinte era, teoricamente, mais simples: derrotar a Bolívia em casa e decretar de vez o fim do baixo astral. Mas o plano deu errado com o empate em 0 a 0 no Engenhão.

No vestiário após o jogo, o semblante dos atletas era de frustração. Eles viram todo o trabalho de recuperação da imagem iniciado em Santiago desabar em apenas três dias.

– Desperdiçamos a chance de ter mais alguns dias de tranqüilidade. Assim como os torcedores, ficamos tristes com o resultado, porque perder dois pontos para o último colocado das eliminatórias é muito ruim – admitiu o capitão Lúcio.

Apesar de manter a segunda colocação na tabela das eliminatórias novamente a imagem de todos está arranhada. Os meias Ronaldinho Gaúcho e Diego deixaram o campo vaiados, e o técnico Dunga recebeu gritos de "adeus". A próxima rodada dupla, dias 12 e 15 de outubro, contra Venezuela (fora) e Colômbia (em casa) será novamente marcada pela pressão.