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 | 15/10/2008 03h15min

Sem Libertadores, Inter deixará de faturar até R$ 8 milhões

Dinheiro corresponde à premiação do campeão continental e receitas de marketing

Carlos Guilherme Ferreira  |  carlos.ferreira@zerohora.com.br

Ficar fora da Libertadores no ano do centenário do Inter não trará frustração apenas em campo. O clube deixará para trás um faturamento extra de até R$ 8 milhões. É o correspondente à premiação do campeão continental, somada com receitas de marketing geradas pela volta à competição. Isso sem contar a visibilidade mundial e o prestígio. Foi por causa disso que o clube fez a pré-temporada nos Emirados Árabes neste ano.

O bolo de dinheiro se divide em duas fatias. A primeira, paga pelos patrocinadores da Libertadores, prevê algo em torno de R$ 6,5 milhões para o campeão. Em 2008, quem ficou na primeira fase levou cerca de R$ 600 mil pelos jogos em casa – na semifinal, o valor subiu para R$ 500 mil. Quem desembarcou na final, entrou em campo com R$ 700 mil garantidos.

A segunda fatia vem do próprio Inter. Conforme o vice de marketing, Jorge Avancini, jogar a Libertadores corresponde a adicionar 50% de fermento nos atuais R$ 3 milhões de receita com licenciamentos – subiria para R$ 4,5 milhões, portanto. E isso que não haveria diferença significativa na bilheteria porque o quadro social beira 80 mil pessoas – e o Beira-Rio comporta 55 mil torcedores.

– O aumento de receita vem em função da empolgação inicial da torcida com a Libertadores – explica Avancini.

Por isso, entenda-se o dinheiro gerado pelas vendas de uma nova camiseta, criada para os jogos da Libertadores, além de outros produtos com a marca do clube. O Inter comercializa hoje entre 6 mil e 7 mil camisetas por mês, metade do que vendeu entre março e agosto de 2006, quando conquistou a Libertadores. Além desses ganhos, o clube ganharia munição para negociar os novos contratos de patrocínio no uniforme. O principal, com o Banrisul, vence em meados de 2009.

Avancini garante que já existe planejamento de marketing para a Libertadores encaminhado. Os detalhes, porém, não são revelados, porque falta o principal, assegurar vaga em 2009. A vaga se tornou missão quase impossível diante da exigência de aproveitamento de 92% nas últimas nove rodadas do Brasileirão.

Na terça, o técnico Tite usou um discurso forte e cheio de otimismo para mobilizar o time. Lembrou das dificuldades enfrentadas para levar o Caxias ao título gaúcho em 2000, contra o Grêmio de Ronaldinho e o Inter de Lúcio.

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