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Depois de dois anos consecutivos de queda na taxa de desemprego, os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego de Porto Alegre (PED-POA), em 2002, revelam um aumento de 0,5 ponto percentual no índice, cujo valor passou de 13,9% para 14,4% da população economicamente ativa (PEA). O contingente de desempregados, que no ano anterior era de 94 mil pessoas, no ano passado subiu para 97 mil. Os dados foram apresentados nesta terça, dia 25, no gabinete da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic).
O índice de desemprego aberto, número de pessoas que estão efetivamente em busca de trabalho, subiu de 9% para 9,7%. O desemprego oculto, em que os trabalhadores pararam de procurar ocupação no mercado formal ou estão em atividades fora de sua profissão, assinalou leve baixa de 0,2 ponto percentual, caindo de de 4,9% para 4,7%.
O levantamento mostra queda na ocupação depois de quatro anos consecutivos de alta. O nível ocupacional reduziu 1,1%. O total estimado de ocupados em 2002 atingiu 579 mil indivíduos. A redução do número de ocupados se reproduziu em todos os setores da atividade econômica, principalmente na construção civil (-3,8%), nos serviços domésticos (-2,4%) e no comércio (-2,2%). O PED-POA aponta ainda que o tempo de procura por um novo emprego aumentou: enquanto em 1993 a busca levava 25 semanas, em 2002, a mesma tarefa passou a exigir dedicação de 47 semanas.
O estudo revela também que os rendimentos decresceram em 3,7% para os ocupados e 4,7% para os assalariados. A média recebida pelos primeiros não passou dos R$ 1.010. Os segundos encerraram o ano percebendo R$ 1.024. A massa de rendimentos reais também apresentou baixa: 4,4% para os ocupados e 3,8% para os assalariados.
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