| 26/11/2008 08h33min
Com passagem pelo Grêmio no ano de 2000 como jogador, o técnico do Estudiantes, Leonardo Astrada, disse que é uma vantagem conhecer a índole do futebol do Inter, mesmo que tenha ficado apenas um ano em Porto Alegre. A equipe argentina recebe o Colorado às 22h desta quarta (horário de Brasília) no Estádio Ciudad de La Plata, pela primeira partida da final da Copa Sul-Americana. Sobre a atenção especial que o rival deverá ter sobre o meia Verón, o treinador salientou que sua equipe não depende apenas do talento desse jogador.
Confira os principais trechos da entrevista
Agência RBS – O desgaste da partida contra o Tigre, domingo, preocupa?
Leonardo Astrada – Estamos desgastados. Mas as vitórias reanimam, minimizam o cansaço e aumentam a confiança.
Agência RBS – O Inter é muito diferente do Botafogo, o adversário nas quartas-de-final?
Astrada – Sim, o Inter é
mais aguerrido na marcação. Serão jogos com mais marcação e corridos, pela característica dos atacantes do Inter, que desequilibram.
Agência RBS – Como usar o fator local. Há 43 jogos o Estudiantes não perde em casa?
Astrada – Temos que ser protagonistas, tomar a iniciativa sem deixar espaços para contragolpes.
Agência RBS – Você conhece muito bem o D´Alessandro. Haverá cuidado especial com ele?
Astrada – Não somos acostumados a marcar individualmente aqui na Argentina, pois assim perdemos um homem de contenção na defesa. A marcação será por zona, sem deixar espaços para os atacantes do Inter. D’Alessandro pode desequilibrar e ganhar a partida.
Agência RBS – Fala-se que este é o Estudiantes de Verón. Você acredita em marcação especial sobre ele?
Astrada – Acredito que um jogador estará designado para marcá-lo em todas as partes do campo. A nós cabe achar uma maneira de dar funções aos demais jogadores para suprir uma eventual dificuldade do Verón. Não somos o time de apenas um jogador,
só do Verón. Se ele tem essa visibilidade é porque o mundo conhece sua
capacidade e o respeita por isso. Temos que tirar proveito dessa situação.
Agência RBS – Conhecer Porto Alegre pelo tempo que jogaste no Grêmio tem algum significado?
Astrada – Será muito bom voltar a Porto Alegre. Gostei de morar na cidade. Fui tratado com carinho, sei como as coisas acontecem. Acredito que a torcida do Grêmio é toda do Estudiantes. São grandes as semelhanças entre o futebol gaúcho e o argentino.
Agência RBS – Para sua carreira e para a história do Estudiantes, qual a importância desta decisão da Copa Sul-Americana?
Astrada – Desde 1971 o Estudiantes não chega a uma final internacional (foi vice da Libertadores naquele ano). Posso ganhar meu primeiro título nestas condições. Não há como negar que é importante, desde que tenhamos tranqüilidade para chegar a este objetivo, evitando o excesso de ansiedade.
Astrada: Serão jogos com mais marcação e corridos, pela característica dos atacantes do Inter, que desequilibram
Foto:
Diego Silva, EFE
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