Forças israelenses ocuparam nesta sexta, dia 7, o norte da Faixa de Gaza para evitar ataques palestinos com foguetes contra o sul de Israel. A medida não tem prazo definido para deixar de ser executada.

A criação do que a Rádio do Exército de Israel chamou de zona de segurança ocorre pouco depois de uma investida contra um campo de refugiados de Gaza na qual 11 palestinos foram mortos. A ação militar foi realizada após um ataque que matou 15 pessoas em Israel. Membros das forças de segurança palestinas disseram que ao menos 12 tanques israelenses, com o apoio de veículos blindados e helicópteros, entraram dois quilômetros na Faixa de Gaza vindo do posto de fronteira de Erez.

Os militares deslocaram-se até as proximidades da cidade de Beit Hanoun e do campo de refugiados de Jabalaya, onde ocorreu a investida dessa quinta.

– Permaneceremos o tempo que for necessário e, se decidirmos ficar aqui por um longo período, ficaremos – declarou o coronel Yoel Strick.

As recentes operações israelenses em Gaza provocaram críticas da comunidade internacional devido ao grande número de vítimas civis. Na Cisjordânia, as forças de Israel mataram um palestino que, segundo o Estado judaico, tentou invadir um assentamento judaico.

Em Jabalaya, além dos mortos, cerca de 140 pessoas ficaram feridas. De acordo com testemunhas palestinas, oito das 11 vítimas fatais morreram quando Israel disparou um tiro de canhão contra uma multidão.

O Exército negou ter disparado contra civis e atribuiu a maior parte das mortes a ativistas palestinos que detonaram explosivos tentando atingir as forças de Israel.

Na última quarta, no primeiro atentado suicida a atingir Israel em dois meses, um homem-bomba explodiu dentro de um ônibus matando 15 pessoas, entre as quais uma garota norte-americana de 14 anos. Desde o início, em setembro de 2000, do levante palestino contra a ocupação israelense, 1.906 palestinos e 720 israelenses foram mortos.

As informações são da agência Reuters.