O vice de futebol Fernando Carvalho parou ontem em um posto de gasolina para abastecer o carro. Ao reconhecê-lo, o frentista não perdeu a chance e indagou-o sobre o atacante argentino em negociação com o clube. Carvalho confirmou o negócio, porém, manteve o nome em segredo. Mas o jogador pretendido pelo dirigente é Leonel Altobelli, 22 anos, do Tigre.

O nome do atacante foi sugerido por Giovanni Luigi. Carvalho abraçou a idéia. No domingo, Altobelli deu o passe para o gol que colocou o pequeno Tigre como finalista no Apertura argentino, com Boca e San Lorenzo. Procurado ontem por ZH, o jogador desligou o telefone ao saber que era do Brasil. Em seguida, desligou o celular.

Formado nas categorias de base do clube, Altobelli estreou como profissional do Tigre neste ano. Marcou apenas dois gols no Apertura, mas é considerado um dos destaques da competição. Sua dedicação em campo chama a atenção. É uma espécie de Guiñazu do ataque.

O Tigre detém 75% dos direitos do jogador – o restante foi negociado com grupo de empresários argentinos. A negociação estaria adiantada com o Inter. Mas como o Tigre joga amanhã, contra o San Lorenzo, e na próxima terça-feira, contra o Boca, só será concluída na próxima semana.

Procurado ontem, por telefone, o vice de futebol do Tigre, Ezequiel Melaranha, negou qualquer contato do Inter ou de qualquer emissário do clube. Garantiu que nenhuma negociação será tratada em meio às finais.

– Mesmo que tivéssemos sido procurados, não falaríamos sobre negociações neste momento. Estamos totalmente voltados para a decisão – garantiu Melaranha.

Altobelli era o plano B do Inter. O grande sonho do departamento de futebol era Lucas Barrios, atacante do Colo Colo. O problema é o alto valor pedido pelos chilenos: US$ 7 milhões (cerca de R$ 16,7 milhões). O Al-Ain, dos Emirados Árabes, treinado por Tite até janeiro, ofereceu a quantia exigida, mas Barrios prefere a Europa. O Inter ainda busca apoio do investidor Delcyr Sonda para trazê-lo, mas reconhece ser quase impossível.