Maioria no Conselho Deliberativo, o G-6, grupo político que dá sustentação ao presidente Duda Kroeff, poderá provocar o adiamento da assinatura do contrato para a construção da Arena do Grêmio. Uma das justificativas é de que o contrato desrespeita os direitos de 162 proprietários de cadeiras perpétuas no Estádio Olímpico.

O G-6 argumenta, também, que o contrato com a OAS sofreu uma alteração. A construtora baiana passaria a gerenciar todo o projeto, retirando poderes da Grêmio Empreendimentos.

Eduardo Antonini, vice de planejamento do Grêmio, admite que, nesse caso, o clube perde força diante da OAS.

O presidente Duda Kroeff considera viável o adiamento do projeto, "caso alguns conselheiros tenham dúvidas sobre ele".

Sérgio Bombassaro, integrante do Grêmio Novo, teme que o adiamento inviabilize o projeto de fazer da arena um dos estádios escolhidos para sediar a Copa de 2014.

Ele informa que o Grêmio tem prazo até 15 de janeiro para apresentar à CBF o projeto de engenharia e arquitetura da arena, bem como o parceiro.

— Não haveria prazo legal para a convocação de uma nova reunião do Conselho antes de 15 de janeiro — diz Bombassaro.

O secretário de Planejamento da prefeitura e conselheiro do Grêmio, José Fortunatti, também mostra preocupação. Afirma que dificilmente haveria quórum para uma nova reunião do Conselho, tendo em vista as festas de final de ano.