Apesar da queda à Série B, o atacante alvinegro Rafael Coelho, que tem contrato até 2011 com o Figueirense, ficou satisfeito com os últimos jogos da temporada. Ele, que marcou cinco gols no Brasileirão, afirmou que o grupo se mostrou motivado com a chegada do técnico Pintado. O novo comandante é sinônimo de esperança ao atacante, que projetou um 2009 bem diferente do ano que passou.

— Estávamos tristes e desacreditados, mas quando ele chegou, fez com que criássemos confiança em nós mesmos. De lá para cá as coisas melhoraram. Além disso, com o Mário Sérgio eu não estava jogando, e Pintado confiou no meu futebol e eu aproveitei para dar o meu melhor — disse o jogador, que ainda reclamou da falta de chances que teve com o técnico anterior.

— Acho que deu para perceber. Faltou bastante (oportunidade com Mário Sérgio).

Apesar da constante troca de técnicos em 2008 — Alexandre Gallo, Guilherme Macuglia, PC Gusmão, Mário Sérgio e Pintado — Rafael Coelho afirmou que não houve, em nenhum momento, desunião no grupo.

— O grupo esteve sempre unido, sem trairagem. Os jogadores sempre conversando. Considerávamos um ao outro como uma família — afirmou.

Porém, um ponto foi criticado, em geral, pelo atacante. Segundo ele, o mau aproveitamento da base foi um marco negativo. Ele enfatizou a necessidade de dar oportunidades aos jovens jogadores:

— Neste ano a base não foi tão aproveitada. Ano passado, sete jogadores subiram, mas não foram aproveitados até o final. Quando há a promoção, tem que haver possibilidade de jogar. Tem que incentivá-los, utilizá-los.

Diferente do que o Figueirense se acostumou nos últimos sete anos de disputas na Série A, a Segundona dará novos objetivos ao time. Rafael Coelho admitiu que o alvinegro precisará se adaptar às diferentes condições e metas no campeonato.

— Sei que é um campeonato muito disputado. Enquanto na Série A o Figueirense luta para se manter, na Série B teremos que lutar para subir — finalizou o jogador.