| 20/12/2008 14h10min
O Grêmio se prepara para ter em 2009 um ano financeiramente mais saudável em relação aos últimos quatro. Com as vendas de Rafael Carioca e de, provavelmente, mais um ou dois jogadores, somadas ao que o clube deve lucrar com a disputa da Copa Libertadores da América no primeiro semestre, o Tricolor conseguirá aporte financeiro para bancar com certa tranqüilidade os primeiros compromissos da temporada.
Mas ainda é necessário controlar a euforia. Segundo o vice-presidente Túlio Macedo, responsável pelas finanças do clube, as contas estão sob controle, mas a situação ainda é muito delicada.
– Nós temos uma dívida de curto prazo que gira em torno dos US$ 35 milhões (cerca de R$ 82,5 milhões pela cotação desta sexta) atualmente. Este valor deve ser pago em até 18 meses. Temos nossas economias controladas, mas, para administrar, ainda exige muito cuidado – revela.
A maior parte da dívida gremista, contudo, não exige a quitação imediata, e o clube já sabe como saldar estes compromissos.
– A porcentagem maior da dívida de longo prazo é com o fisco, que será pago através da Timemania, e com o condomínio de jogadores, que consome em torno de 18% do que o clube arrecada com a negociação dos jogadores. Vamos pagando aos poucos desta forma – diz.
Com a queda para a Série B, no final de 2004, caíram também as receitas do Grêmio. No ano seguinte, a diferença entre o que entrou e o que saiu dos cofres do clube foi negativa (R$ 20,9 milhões), e a dívida total era estimada em R$ 130,8 milhões, segundo balanço oficial.
Mas o retorno à elite em 2005, coroado com o título da Segunda Divisão, iniciou o processo de recuperação do caixa tricolor. Em 2006, o déficit já tinha diminuído para R$ 6,7 milhões. E se em 2007 o montante da dívida já estava em R$ 176,6 milhões, o vice-campeonato da Libertadores ajudou o Grêmio a fechar o ano com superávit de R$ 32,6 milhões. Nesse período, o clube ainda viu entrarem alguns milhões de euros nos cofres com as vendas de jovens promessas como Lucas, Anderson e Carlos Eduardo.
As contas de 2008 ainda não estão fechadas, mas a boa campanha no Brasileirão aponta para números positivos mais uma vez. Indo bem na Libertadores 2009, naturalmente o Grêmio deve ver aumentar o quadro social, a venda de camisas e objetos licenciados e, principalmente, o valor de mercado dos jogadores do clube, caminhando para uma situação mais tranqüila e abrindo possibilidades de se aumentar os investimentos no time nos anos vindouros.
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