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O primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, disse que seu governo não vai considerar a solicitação da instalação de tropas norte-americanas na Turquia para a possível guerra contra o Iraque até que receba um voto de confiança, acabando com as esperanças dos Estados Unidos de que seja tomada uma decisão rápida sobre o assunto.
Os comentários de Erdogan foram feitos horas depois de ele apresentar sua lista de gabinete ao presidente Ahmet Necdet Sezer, que aprovou a equipe do governo e o nomeou primeiro-ministro.
Funcionários do governo norte-americano já indicaram ter poucas esperanças de que a Turquia aceite abrigar 62 mil soldados em seu território. A força fará parte da possível guerra com o Iraque, que pode começar dentro de poucos dias.
O Parlamento rejeitou, há duas semanas, a primeira resolução a respeito da instalação – que, segundo os estrategistas norte-americanos, poderia fazer com que a vitória sobre o Iraque acontecesse mais rapidamente, já que forçaria o país árabe a lutar em duas frentes.
Segundo a agência de notícias estatal Anatolian, quando perguntado se havia planos de submeter uma nova moção ao parlamento, Erdogan respondeu:
– No momento, isso não está na nossa agenda. Tudo será decidido depois de recebermos um voto de confiança.
Ele disse que seu gabinete deve se reunir na segunda e que o programa de governo poderá ser lido no parlamento na terça ou na quarta. Um debate teria lugar dois dias depois e, um voto de confiança, um dia depois disso. Ou seja: qualquer decisão só será tomada no fim da semana que vem, no mínimo.
Os norte-americanos continuam pedindo permissão para sobrevoar o território turco no caso de qualquer conflito, mas há cada vez mais pessimismo sobre a obtenção de tal permissão. Erdogan, em seu comunicado, disse que o parlamento decidiria a questão.
Em uma cerimônia no gabinete do primeiro-ministro neste sábado, dia 15, Erdogan recebeu o cargo formalmente de seu aliado Abdullah Gul, que deixou o posto nesta semana para que o líder do seu partido assumisse a posição.
Erdogan levou o Partido da Justiça e do Desenvolvimento à vitória nas eleições de novembro, mas foi impedido de tomar posse até o fim-de-semana passado por causa de uma condenação por insubordinação islâmica.
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