| 31/12/2008 03h58min
No meio da tarde de terça-feira, Marinho foi até o centro de Penedo, interior de Alagoas, colocar um “dinheirinho” na conta do banco da mãe, Dona Eliene. Pegou um ônibus, voltou para casa e, depois de comer uma salada de frutas, jogou futebol no videogame Playstation 2. Uma rotina de guri enquanto não se apresenta como novo reforço do Inter, na segunda-feira. Há algum tempo o clube aposta em jovens promessas.
Marinho, 18 anos, revelação do Corinthians-AL que estava no Fluminense, é apenas o nome da vez. No último dia 22, o meia Giuliano, 18, ex-Paraná, desembarcou em Porto Alegre. Na Argentina, o empresário Fernando Otto trata, a pedido do Inter, da contratação do atacante Ricardo Noir, 21, do Boca Juniors. Todos jovens e elogiados pela técnica, porém, sem muita experiência no futebol. Apostas? Os dirigentes rechaçam o rótulo.
— Eles foram analisados durante muito tempo — justifica o assessor de futebol Giovanni Luigi.
Sandro é outro exemplo.
Chegou do Londrina em 2007, passou um
ano entre os juniores, alcançou os profissionais em 2008 e terminou a temporada com 12 jogos e dois gols.
Há mais: Talles Cunha, Walter, Paulinho. Todos chegaram ao Beira-Rio há menos de dois anos.
A estratégia não é recente. Em 18 de fevereiro de 1997, o Inter goleou o Guará por 7 a 0 na Copa do Brasil e, mesmo assim, acreditou no potencial do zagueiro adversário. Hoje, Lúcio defende a Seleção e é um dos grandes nomes da posição no mundo.
Ainda assim, a direção não espera que Giuliano e Marinho estourem de imediato. Com um grupo experiente e formado em 2008, os garotos podem ser usados sem a carga da pressão. Se necessário, disputarão entre os juniores, como forma de adaptação.
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