O currículo de Édson Bastos conta com uma participação na Série A do Campeonato Brasileiro, mas nem por isso o goleiro vai deixar de experimentar uma sensação nova na partida deste domingo, dia 23. Pode parecer estranho, mas aos 23 anos de idade e com quatro de profissão, o titular da camisa número 1 do Figueirense nunca disputou uma decisão de campeonato em toda a sua vida.

Desde as categorias de base, Édson corre atrás deste objetivo. Vai concretizá-lo quando pisar no gramado do Estádio Orlando Scarpelli para o confronto diante do Caxias.

Apesar de pouca experiência no assunto, o goleiro demonstra intimidade quando comenta sobre a final que está prestes a disputar.

– É o que todo jogador fala, é uma partida diferente, com mais motivação – disse.

Pois Édson Bastos escapou por pouco de perder o tão aguardado momento. Isto porque o goleiro levou o terceiro cartão amarelo em toda a competição nas semifinais contra o Joinville, e cumpriu a suspensão automática na primeira partida da decisão.

Se tivesse escapado da punição anterior, mas recebido o cartão no domingo passado, ficaria de fora justamente na finalíssima. Como estava impedido de atuar no Catarinense, o último compromisso de Édson foi diante do Americano, no dia 12, pela Copa do Brasil.

Ou seja, vai completar 10 dias fora de ação. A espera pode ter aumentado a ansiedade, mas não atrapalhou a preparação.

– Venho de uma seqüência de 32 jogos, não vai ser este período de fora que vai fazer a diferença – garantiu.

Apesar disso, admite que a posição exige um cuidado especial.

– Goleiro tem que treinar mais, aprimorar bastante os fundamentos, pois é um jogador que, se errar, só a trave pode salvá-lo – explicou.

MAURICIO XAVIER/DIÁRIO CATARINENSE